Uma vida engajada que transforma o mundo
Psicólogo analisa as condições do bem-estar
O Prof. Dr. Martin Seligman, psicólogo norte-americano, assegura que ter uma vida realizada é fazer “florescer” o caráter visando o bem-estar pessoal e coletivo. Isso se dá, ensina ele, quando a pessoa se dedica a mudar sua postura mental e torna sua vida realizada e engajada a um bem-maior.
Os pontos principais que resumem o pensamento de Seligman são: positividade e otimismo, engajamento, relacionamentos saudáveis, vida com significado, conquista de objetivos e abundante vitalidade.
Vitalidade
Energia vital para conquistar o que deseja
Emoções positivas
Otimismo, felicidade e satisfação de viver
Engajamento
Comprometer-se com tudo o que faz dedicando o seu melhor
Relacionamentos positivos
Criar conexões com pessoas de forma significativa e autêntica
Propósito
Dedicar-se ao bem maior, uma causa maior do que si próprio
Realização
Cumprir tarefas com sucesso por meio de ações inspiradas
Mudança mental e altruísmo
As descobertas do Dr. Seligman tiveram origem na sua convicção de que há um imenso poder de transformação quando mudamos nossa postura diante da vida.
Em 1997, o psicólogo se encontrou com o presidente Ikeda, que afirmou num artigo:
“Em essência, a teoria do Dr. Seligman é que as pessoas podem mudar sua vida. De que maneira? Mudando seu modo de pensar. Durante nosso diálogo, o Dr. Seligman comentou que, após a Segunda Guerra Mundial, a psicologia concentrou-se principalmente naqueles que tinham profundos problemas psicológicos. Entretanto, ele explicou que aspirava a uma ‘psicologia positiva’, que desse às pessoas comuns coragem, esperança e força. O Dr. Seligman confessa que ele próprio era pessimista por natureza, o que sem dúvida o estimulou a procurar uma forma de aprender a ser otimista”.
Uma vida plenamente feliz consiste em enorme energia e otimismo seguida, sempre, de um esforço contínuo para compartilhar o bem-estar.
O próprio Dr. Seligman comenta: “Uma vida boa consiste em obter felicidade usando seus pontos fortes de caráter todos os dias nas principais atividades da sua vida. Um vida significativa tem, ainda, mais um componente: usar essas mesmas forças para compartilhar conhecimento, energia e bondade”.
Ao professor, o presidente Ikeda explicou que o modo de vida ensinado na SGI [o kosen-rufu] é ainda mais abrangente do que qualquer outro.
“Devotar-se ao kosen-rufu significa viver cada dia de forma honrada. Não existe uma vida mais grandiosa que a dedicada ao kosen-rufu”
Dr. Daisaku Ikeda
Kosen-rufu — engajamento, realização, otimismo e compaixão
O budismo nasceu com Shakyamuni há cerca de 2,5 mil anos e desde lá nos ensina sobre “kosen-rufu”, um modo de vida engajado que transforma a si e ao ambiente.
O Buda descreveu a lei fundamental da vida e despertou para a verdade máxima: devemos nos dedicar diuturnamente ao enriquecimento do mundo interior [coração] por meio de um contínuo esforço para respeitar, encorajar e compartilhar a felicidade com todas as pessoas. Kosen-rufu significa, então, utilizar-se de todos os meios para disseminar amplamente essa Lei que faz todos felizes.
Nichiren Daishonin, mais de 1,7 mil anos depois de Shakyamuni, se deparou com uma sociedade que havia deturpado o objetivo do Buda fazendo da felicidade absoluta [estado de buda] algo além do alcance das pessoas comuns por causa da complexidade da prática budista e da corrupção do clero.
Daishonin voltou-se ao objetivo do fundador e tornou novamente acessível a qualquer pessoa manifestar estado de buda. Ele revelou a Lei Mística — o Nam-myoho-renge-kyo —, como prática a ser feita e propagada amplamente [kosen-rufu].
A SGI, 700 anos depois de Daishonin, revitalizou por completo seu budismo adotando para si o kosen-rufu: disseminar ao mundo o Nam-myoho-renge-kyo por meio do contato de pessoa com pessoa.
A visão moderna dos Três Mestres Soka inseriu no cotidiano a revolução humana: um contínuo processo de profunda transformação pessoal com impacto na vida dos outros e no ambiente. A meta número um da SGI é tornar real o kosen-rufu — fazer florescer a felicidade absoluta em cada habitante do planeta e com isso criar uma nova sociedade pacífica, justa e harmoniosa.
“O kosen-rufu é um movimento revolucionário que tem por objetivo fazer com que o espírito da compaixão budista se torne a base da sociedade. É uma batalha contra a natureza maligna do poder que desdenha as pessoas e as despreza”
Dr. Daisaku Ikeda
Um sonho que vale a pena compartilhar
Somente pessoas de nobre e forte caráter conseguem tornar real um empreendimento tão ousado quanto o kosen-rufu. A SGI existe para capacitar todo indivíduo a adquirir essa força.
Para disseminar o princípio do respeito absoluto pela vida ensinado pelo Buda, é preciso coragem, engajamento total, energia, sabedoria, resiliência e a incrível capacidade de combater a negatividade da sociedade por meio do diálogo e da vitória pessoal. O presidente Ikeda é o mestre do kosen-rufu porque treina pessoa por pessoa a “florescer” essa enorme força espiritual.
Cada membro da SGI é o ponto central do kosen-rufu e tem a missão de transformar a própria vida e revitalizar seu cotidiano. Assim, cada um dissemina os “valores Soka” em sua área de atuação: na política, na economia, na arte, na cultura, na educação, enfim, em todos os setores.
“O kosen-rufu é a suprema forma de diplomacia. Nós precisamos, acima de tudo, ter uma energia vital forte e magnética que atraia o coração das pessoas e coragem e perseverança para articular com determinação a filosofia e a verdade da SGI. [...] O comportamento como ser humano e o caráter — e não a posição social nem os títulos — são o que propulsionam o kosen-rufu”
Dr. Daisaku Ikeda
Todos conseguem mudar o mundo
Uma vida dedicada ao kosen-rufu é completa. Faz bem para a pessoa e provoca a felicidade absoluta na família e na sociedade.
A SGI conduz cada indivíduo a ter engajamento, realização, transformação interna, felicidade, otimismo, assimilação de valores nobres, enriquecimento do caráter, abundante energia vital, relacionamentos saudáveis, dedicação ao bem maior, força mental para vencer obstáculos, resiliência, compaixão pelas pessoas, encorajamento; enfim, a lista de atributos é enorme. E tudo isso se dá em atividades que todos conseguem realizar: estudo constante, reuniões pequenas, diálogos, visitas, encorajamento, recitação do gongyo e do daimoku, shakubuku, etc.
O presidente Ikeda vem há décadas se dedicando sem recuo à ampla propagação do princípio central do budismo: a dignidade absoluta da vida. Ele, com isso, já transformou muitos aspectos do mundo e vem ensinando seus discípulos a também fazê-lo.
Sua forma de realizar a ampla propagação [kosen-rufu] é acreditar nas pessoas, tratá-las com total respeito, agir por elas, elogiá-las, criar condições para que floresçam.
De forma prática, o presidente Ikeda solidificou e expandiu a SGI para 192 países e territórios como uma estrutura mundial da revolução humana e do empoderamento.
Uma única pessoa que se levanta firmemente comprometida com o kosen-rufu vence, espalha essa felicidade amplamente para outras pessoas e transforma o mundo.
Construa uma era de paz
“A grandiosa revolução humana de uma única pessoa, um dia, impulsionará a mudança total do destino de um país e, além disso, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade”.
Essa é a convicção máxima do Mestre. O kosen-rufu é o propósito único e ininterrupto do presidente Ikeda e dos milhares de associados da Soka Gakkai Internacional pelo mundo.
A trajetória de engajamento da SGI para o bem-estar social remonta um importante momento da história do budismo.
A sociedade japonesa do século 13 era atormentada por terríveis calamidades naturais e profundos conflitos sociais. Um obscuro caos assolava o Japão. Diante dessa realidade, o buda Nichiren Daishonin, alarmado com a desordem e as calamidades, decide acabar com o sofrimento do povo e busca nos estudos dos cânones budistas a resposta para esses acontecimentos. Como resultado, Daishonin expõe o tratado Estabelecer o Ensinamento Correto para a Pacificação da Terra (Rissho Ankoku Ron). Nele, o Buda indica que a filosofia do respeito à dignidade da vida exposta no budismo é o princípio fundamental que direciona corretamente o rumo da sociedade.
Os fatos ocorridos atualmente não diferem do período de Daishonin: conflitos sociais, políticos e econômicos no país e diversos atentados contra a vida em muitas regiões do mundo. Não obstante, a convicção do presidente Ikeda no processo de revitalização de cada ser humano, fundamentado nos ensinamentos de Nichiren Daishonin, é o que certamente levará luz perene à humanidade.
“Política e religião ocupam esferas diferentes”
Presidente Ikeda dialoga com jovens sobre questões políticas,
o respeito à opinião alheia e a luta da SGI pelo kosen-rufu
Quem nunca atribuiu a responsabilidade de seu insucesso ao chefe, aos familiares ou até à má gestão política?
No entanto, cada associado da SGI aprende com a conduta do presidente Ikeda que a própria pessoa é responsável pela transformação de seu ambiente e que sua revolução humana influencia diretamente na construção de uma sociedade realmente justa e pacífica — o kosen-rufu.
O presidente Ikeda é convicto que o papel da religião é criar cidadãos de nobre caráter que possam influenciar positivamente a sociedade em todos os seus aspectos (política, economia etc.)
As ações do presidente Ikeda são voltadas para empoderar e capacitar os associados com os mais dignos valores humanísticos fazendo destes os protagonistas de uma nova sociedade.
No capítulo “Novo Mundo”, do volume 1 do livro Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda rememora um período de conflito político e social do Japão dos anos 1960, devido ao Acordo de Segurança Nipo-Americano. No trecho, o Mestre reitera a forma de um budista encarar a política e destaca o papel de uma religião humanística:
Um dia, no fim de maio, Shin’ichi Yamamoto dialogava com alguns representantes da Divisão Masculina de Jovens. Nessa ocasião, um deles perguntou:
– O novo tratado de segurança é o centro das atenções do momento. Fico pensando se a Soka Gakkai não deveria apresentar uma posição unificada a respeito do assunto. O que o senhor acha?
Com um sorriso, o jovem presidente disse:
– Bem, vejamos, você é contra ou a favor do tratado de segurança?
– Sou totalmente contra – respondeu o rapaz. Acho que deveríamos revogá-lo e assumir uma posição neutra nas relações internacionais.
Nesse momento, outro jovem expôs sua opinião:
– Não diria que sou totalmente a favor do acordo, mas acho que é uma necessidade inevitável neste momento. Na atual conjuntura, o Japão não tem autonomia militar ou econômica e precisa da cooperação dos Estados Unidos. Se abolirmos o tratado agora, o Japão criará atritos com os Estados Unidos. Dessa forma, falar em revogar o tratado de segurança nesse momento é uma proposta que não leva em conta a realidade em que estamos vivendo.
Outros jovens também manifestaram suas opiniões e acabaram se dividindo em dois grupos distintos.
Shin’ichi disse sorrindo e olhando ternamente para todos:
– Mesmo entre vocês da Divisão dos Jovens existe essa divergência de opinião a respeito do tratado de segurança. Apesar de serem todos membros da Soka Gakkai, vocês possuem diferentes ideias a respeito do assunto. Uns são a favor, outros, contra. Não importa a posição escolhida, cada uma possui seus prós e contras. A Soka Gakkai não pode dizer às pessoas o que fazer em relação ao tratado. Quero respeitar ao máximo a opinião de todos. Nos escritos de Nichiren Daishonin obviamente nada consta sobre o tratado de segurança, então, não é permissível que tenhamos opiniões diferentes dentro da organização? Política e religião ocupam esferas diferentes. A missão mais importante da religião é cultivar e nutrir a vida humana, que é a base de tudo.
A Soka Gakkai é uma organização religiosa e, portanto, não irá declarar o seu posicionamento em relação às questões políticas que surgirem. Acho que devemos confiar nos representantes da Câmara dos Conselheiros que foram eleitos e deixar tais questões políticas nas mãos deles. Porém, mesmo que seja uma questão política, se for um problema fundamental que, se ignorado, irá causar a infelicidade das pessoas e comprometer a paz mundial, então eu também me pronunciarei. Ou melhor, eu tomarei a liderança desta luta.
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