domingo, 12 de março de 2017

O Tratamento da Doença

O Tratamento da Doença


Trecho do Gosho
As enfermidades dos seres humanos podem ser divididas em duas
categorias gerais, das quais a primeira compreende as doenças do corpo.
As enfermidades físicas abrangem cento e uma desordens do elemento terra, cento e um desequilíbrios do elemento água, cento e uma perturbações do elemento fogo e cento e uma desarmonias do elemento vento, o que totaliza quatrocentos e quatro males. (...)
A segunda categoria corresponde às doenças da mente. Estas se originam dos três venenos e são divididas em oitenta e quatro mil tipos. Excedem o poder de cura das duas divindades e dos três ascetas [do bramanismo] ou dos seis mestres não budistas. E os remédios prescritos por Shen Nong e Huang Di são ainda menos eficazes. As doenças da mente variam muito em gravidade."
(END, v. I, p. 221-223; Terceira Civilização , ed. 570, fev. 2016, p. 50)

Vamos entender

O escrito que estudaremos agora transborda de profunda compaixão e espírito determinado de Daishonin de aliviar o sofrimento da humanidade, explicando como tratar todos os tipos de doença, sejam elas “do corpo” ou “da mente”. Ele materializa seu desejo de comunicar a essência da filosofia budista para que as pessoas conduzam uma vida de vitória absoluta.Bora estudar!

Cenário histórico

O buda Nichiren Daishonin escreveu esta carta em resposta à notícia que recebeu de seu discípulo Toki Jonin de que epidemias estavam surgindo com mais força do que nunca. O final desta carta está datado do “vigésimo sexto dia do sexto mês”, mas o ano real em que foi escrita não fica claro. Porém se acredita hoje que este Gosho foi escrito em 1278.
Nos anos de 1277 e 1278 surgiram epidemias muito graves no Japão, causando grande sofrimento para a população. Ao receber o comunicado sobre estas graves doenças, Daishonin responde com este escrito encorajando seus discípulos a enfrentar tais dificuldades com base nos ensinamentos budistas.

Dois tipos de doença

Neste trecho Daishonin explica que existem dois tipos de doença que podem acometer os seres humanos – as doenças do corpo e as doenças da mente. A primeira categoria são doenças físicas que atacam o corpo das pessoas. Esse tipo de doença pode ser curado por um médico qualificado e com o tratamento adequado. Já o segundo tipo de doença é a manifestação da “escuridão fundamental” na vida das pessoas. Sobre este ponto o presidente Ikeda afirma: “Diferentemente das “doenças do corpo”, as “doenças da mente” surgem da escuridão ou ignorância no âmago do nosso ser e só podem ser curadas pelo budismo, com sua profunda visão sobre a vida” (Terceira Civilização, ed. 570, fev. 2016, p. 51).
Em muitas de suas cartas, Nichiren Daishonin incentiva seus seguidores que, em meio à vida de esforços dedicados ao kosen-rufu, lutavam contra doenças. Com um feroz e destemido espírito de prezar cada pessoa, Daishonin sempre agia em prol da felicidade de todos. Para isso, era necessária uma filosofia verdadeiramente notável para promover o desenvolvimento da sociedade.

Como tratar as doenças da mente

Independentemente da dificuldade que enfrentarmos, seja doença ou qualquer outra questão, se tivermos “um coração forte”, podemos vencer tudo com alegria. O Budismo de Nichiren Daishonin é um ensinamento da esperança que nos permite transformar a realidade completa e positivamente. O movimento da Soka Gakkai já ajudou pessoas que estavam sofrendo com a miséria do Japão pós-guerra – uma sociedade que tinha virado as costas para o bem-estar das pessoas – a se levantar com base na fé no Gohonzon e a comprovar o poder transformador sem limites da Lei Mística.
Quando encontramos grandes barreiras de sofrimentos e sentimos como se não conseguíssemos mais continuar – quando nos deparamos com as “doenças da mente” – este é o momento em que podemos despertar o poder inerente ao nosso ser por meio da recitação do Nam‑myoho‑renge‑kyo, ou seja, é nesse momento que devemos nos levantar com daimoku e fazer manifestar a condição de vida mais elevada e cheia de coragem.
Sobre isso nosso mestre afirma que: “Quando nos deparamos com imensa barreira de sofrimento e sentimos como se não pudéssemos continuar – esse é o momento em que podemos despertar o poder inerente ao nosso ser por meio da recitação do Nam-myoho-renge-kyo”. E continua “Não importa quão dura seja a adversidade, sempre podemos encontrar uma maneira de torná-la uma oportunidade para a nossa grande revolução humana; podemos usá-la para criar valor. Essa é a essência do Budismo de Nichiren Daishonin” (Ibidem, p. 48).

Glossário

Toki Jonin (1216 – 1299)
Discípulo leigo de Nichiren Daishonin que morava em Wakamiya, distrito de Katsushika. Foi líder dos samurais do senhor feudal de Chiba, polícia daquela província. Também conhecido como o sacerdote leigo Toki, foi o destinatário de muitos dos escritos de Daishonin, a maioria dos quais ele preservou cuidadosamente.
Gohonzon
(jap.): Objeto de devoção do Budismo de Nichiren Daishonin e incorporação da Lei Mística que permeia todos os fenômenos.
O Gohonzon tem a forma de um mandala inscrito em papel ou em madeira, com ideogramas que representam também a Lei Mística e os dez mundos, que inclui o estado de budas.
O Budismo de Nichiren Daishonin ensina que todas as pessoas possuem a natureza de buda e podem manifestá‑la por meio da fé no Gohonzon.

Vamos avançar na direção de nossos sonhos!

Vamos avançar na direção de nossos sonhos!


budismo nitiren

O quadrinista Osamu Tezuka (1928–1989) demonstrou todo o poder da arte.
Ele criou mais de 700 trabalhos, incluindo a primeira série japonesa animada, chamada Astro Boy, assim como Kimba — o Leão Branco, A Princesa e o Cavaleiro, Black Jack, Fênix, Buda, entre outros. Seus pais ou avós podem ter lido esses quadrinhos ou assistido a desenhos baseados nessas histórias, pois ele influenciou muitos cartunistas como Fujiko F. Fujio, criador de Doraemon, por exemplo .
Osamu Tezuka nasceu em 1928, o mesmo ano em que nasci. Quando criança, era magro e tinha o cabelos naturalmente ondulados. Ele usava óculos, o que era raro entre os coleguinhas naquele tempo, e por isso o atormentavam e pegavam no seu pé. Calorosamente incentivado pela mãe, sobreviveu ao bullying, mas nem adulto se esqueceu a dor e a tristeza de ter sofrido essa agressão na infância.
Fazer bullying com alguém ou permitir que outros o façam é imperdoável.
Para não permitir que esse tormento o atingisse, o pequeno Tezuka lia quadrinhos, que na época eram reprovados pela sociedade, mas sua mãe comprava vários para animá‑lo. Não somente isso, ela também gostava de ler para ele. O jovem começou a amar os quadrinhos e os lia muitas vezes, de novo e de novo, até que memorizasse completamente os desenhos e o texto.
Com tantos exemplares em casa, as crianças que antes o atormentavam passaram a visitá-lo para ler sua coleção, e logo o bullying passou.
Tezuka começou a escrever seus próprios quadrinhos e os mostrava aos outros, para a diversão deles. Tinha encontrado seu próprio tesouro: seu talento especial.
Posteriormente, começou a incorporar suas experiências nas histórias. Seu cabelo ondulado inspirou o estilo distinto do penteado do Astro Boy, que se tornou um herói para crianças do Japão e de todo o mundo. Nas histórias, seus heróis eram únicos e diferentes dos outros.
Ele acreditava que todas as crianças possuem seu próprio tesouro maravilhoso, seu próprio talento único, e que não existem exceções. Eu concordo completamente com a convicção dele.
Osamu Tezuka conseguiu se tornar um excelente cartunista com o apoio de diversas pessoas. Uma delas foi seu professor-orientador do terceiro ano, que também era seu professor de redação, o qual frisava a importância de escrever muito e expressar tudo o que se quer dizer, mesmo que a caligrafia e a gramática não fossem muito boas.
Algumas vezes o jovem escrevia cinquenta páginas para um trabalho. Quanto mais se escreve, mais ideias surgem livremente. Pela escrita ele pôde experimentar a alegria de criar histórias. Seu professor o incentivou a desenhar quadrinhos também, o que lhe deu confiança para continuar seu caminho.
Mais tarde, quando sentiu dificuldade em decidir se deveria perseguir seu sonho de ser artista de quadrinhos, sua mãe foi quem mais o impulsionou a realizá-lo.
Vocês também devem ter pessoas que os incentivam e os apoiam, incluindo seus pais, familiares e professores. Quando surgir um problema, não há necessidade de resolvê-lo sozinhos. Não hesitem em buscar conselhos quando precisar deles, e assim sempre irão encontrar seu caminho em direção a uma solução.


Osamu Tezuka uma vez incentivou um grupo de estudantes do ensino fundamental a terem mais de um sonho. Ele argumentou que se tivermos apenas um sonho e ele não der certo, não saberemos o que fazer depois. Mas, se acalentarmos mais de um sonho, isso não irá acontecer, então não temos com o que nos preocupar.
Além de artista de quadrinhos, ele queria ser médico e também entomologista (estudioso de insetos). De fato, seis anos depois de se profissionalizar em quadrinhos, passou na prova para estudar medicina. Lia avidamente livros de literatura mundial, de ciências, de contos tradicionais japoneses e de muitos outros assuntos, o que o ajudou a criar histórias e a ter muitos sonhos.
Um sonho não é algo que nos é dado, descobrimos por nós mesmos baseados nos nossos próprios interesses. Se nos desafiamos a fazer várias coisas, podemos abrir amplamente as asas dos nossos sonhos.
Tezuka mudou o jeito de escrever seu primeiro nome depois de se tornar um artista de mangá — ao nome “Osamu” ele adicionou um ideograma significando “inseto”, embora a pronúncia continuasse a mesma. Por que ele fez isso? A cidade de Takarazuka, na província de Hyogo (região de Kansai), onde cresceu, é um local de rico ambiente natural. Como amava coletar insetos, ia para bosques e parques com seus amiguinhos para caçá‑los. Um dia, ao ler um guia de insetos, encontrou um, chamado osamushi, parecido com seu próprio nome. Isso foi a inspiração para que incluísse mais tarde o ideograma “inseto” (mushi) em seu nome artístico.
Quando pegava um inseto, o bichinho se contorcia em suas mãos. Ele ficava comovido com a vontade do bichinho de sobreviver e continuar vivo. Mas não demorou muito e ele teve a experiência de viver numa era na qual tantas vidas preciosas foram tomadas — em meio à guerra.
Tezuka e eu tínhamos 13 anos quando a Guerra do Pacífico começou. Enquanto a guerra se intensificava, aulas eram canceladas e os estudantes mandados para trabalhar em fábrica de armas ou para a batalha. Ele foi pego por um ataque aéreo no local onde havia sido convocado. Bombardeios fizeram chover bombas até que tudo tivesse sido destruído pelo fogo e muitas pessoas foram mortas.
Nada é mais precioso que a vida. Nada é mais cruel e tolo que a guerra, que destrói a vida. E foi por isso mesmo que o artista continuou a ressaltar a importância da vida em suas histórias.
Depois da guerra, encontrei meu mestre, o segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, e fui trabalhar como editor-chefe da revista Boken Shonen (Menino Aventureiro), que ele publicava. Aparentemente, Tezuka foi um leitor dessa obra, e mais tarde disse que, de todas as revistas que ele havia lido, essa era uma das poucas que gostaria de ter contribuído com uma história. Talvez tenha entendido nosso desejo e paixão em fazer dela a melhor revista do Japão, oferecendo esperança e sonhos para as crianças que tinham sido tão emocionalmente feridas pela guerra. Pouco tempo depois, ele contribuiu com uma história em quadrinhos de uma revista afiliada à Soka Gakkai.
Em 1982, ele foi ao Festival de Paz Mundial da Soka Gakkai, em Saitama, e enalteceu a performance dos jovens dizendo que era uma versão em miniatura da paz mundial.
O cartunista descrevia os seres humanos como amigos e passageiros neste precioso planeta Terra. Ele também ressaltava a importância de se cuidar das crianças e valorizá-las acima de tudo. Acreditava que elas gerariam ideias brilhantes para o futuro do planeta, especialmente para o tempo em que as pessoas seriam capazes de nascer e morar em estações espaciais.
Eu também gostaria de chamá-los, meus preciosos amigos, de “representantes do futuro”, que irão desenvolver papéis muito importantes no nosso planeta, e expresso minhas sinceras esperanças por seu sucesso.
Cada um de vocês e todos vocês possuem dentro de si os tesouros de imenso potencial e força. Vocês têm missão e futuro ilimitados.
Espero que se desafiem alegremente neste verão!

Uma vida em prol de um grande juramento

Nikko Shonin
Uma vida em prol de um grande juramento


Nikko Shonin, sucedeu o buda Nichiren Daishonin na herança da fé, é um dos grandes personagens históricos do budismo. Como um discípulo exemplar, simboliza o espírito de juramento pelo kosen‑rufu. Vamos conhecer um pouco mais sobre ele

budismo nitiren


No budismo, a vitória do discípulo é a vitória do mestre, ambos devem vencer sempre juntos pelo bem das pessoas.
Atualmente, graças ao esforços do nosso mestre, não é necessário colocarmos a vida em risco para que sejamos verdadeiros discípulos. Podemos comprovar esse princípio nos dedicando ao máximo para contribuir para a sociedade em que vivemos tendo como base os princípios humanistas da SGI.

Nascimento

8 de março de 1246, em Kajikazawa, Japão

Infância

Cresceu com seu avô materno, pois seu pai faleceu muito cedo

Sacerdócio

Aos 7 anos, entrou para o sacerdócio

Encontro com o mestre

Em 1258, aos 12 anos, foi designado para ajudar Nichiren Daishonin, que buscava fundamentar seu tratado Estabelecer o Ensinamento Correto para a Pacificação da Terra. Ao ver sua bravura e dedicação, Nikko se tornou o principal discípulo de Daishonin

Discípulo Direto

Recebeu de Daishonin o nome de Hoki-bo Nikko. Acompanhou-o em tudo, ficando ao lado do seu mestre até durante as perseguições do governo

Propagação

Ajudou a desenvolver diversos tratados e compilou os capítulos preferidos de Daishonin, obra conhecida como Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente

Perseguições

Ao verem a determinação de Nikko de fazer shakubuku, os clérigos da seita Tendai ficaram revoltados, o que causou a primeira e conhecida Perseguição de Atsuhara

Retiro

O Gosho Resposta a Hara explica detalhadamente os motivos e sentimentos que o fizeram ir embora do Monte Minobu (foi o único sacerdote a se manter firme na prática)

Sucessão

Em 10 de novembro de 1332, Nikko transmitiu a Nichimoku Shonin, seu discípulo, a herança dos ensinamentos de Daishonin

26 artigos

Em 13 de janeiro de 1333, escreveu a obra Vinte e Seis Artigos de Advertências de Nikko (também chamada Preceitos Testamentais de Nikko), em que orienta os futuros discípulos a não deturpar o Budismo de Nichiren Daishonin

Exemplo

Foi o verdadeiro exemplo de unicidade de mestre e discípulo. Assim podemos sentir o coração do Mestre em sintonia com o nosso e jamais desistir

Multitalentos

Era mestre em caligrafia, versado em poesia japonesa e literatura chinesa

Junto com o mestre

Acompanhou Nichiren Daishonin em dois exílios

Falecimento

7 de fevereiro de 1333

Incentivo do Mestre

“É importante que gravemos profundamente as palavras de Daishonin em nosso coração — mesmo que seja apenas uma única linha ou passagem que nos toque intimamente ou pareça ter sido escrita especialmente para nós — e que empreendamos constantemente esforços renovados em prol do kosen‑rufu com fé inabalável. É com essa postura que devemos seguir a ordem expressa de Nikko Shonin, sucessor direto de Daishonin, que nos exorta a “gravar os escritos de Daishonin em nossa vida”
(Gosho Zenshu, p. 1618)

O que foi a Perseguição de Atsuhara?

Quando Nichiren Daishonin se retirou para o Monte Minobu em 1274, uma grande onda de expansão do Budismo Nichiren se iniciou sob a liderança de Nikko Shonin. Isso despertou a ira das autoridades e religiosos da vila de Atsuhara (atual parte da cidade de Fuji, província de Shizuoka). Várias foram as conspirações para quebrar a união dos seguidores de Daishonin. No auge dessa perseguição, vinte camponeses foram aprisionados sob falsas alegações de roubo, culminando com a execução dos irmãos Jinshiro, Yagoro e Yarokuro. Era a primeira vez que ocorria uma perseguição religiosa de tamanha dimensão contra os discípulos de Daishonin e ficou conhecida como Perseguição de Atsuhara. Muitos eram simples camponeses, que apesar de sofrerem diretamente os atentados, se mantiveram firmes e inabaláveis em sua fé.

Frases para expandir e ampliar a sua vida

Frases para expandir e ampliar a sua vida


Vamos nos esforçar diariamente para pôr em prática as três frases a seguir e agir como Estudante Soka exemplar que dá orgulho aos pais, amigos e que vence com o Mestre!
Na mensagem enviada para a 7a Academia dos Sucessores Ikeda 2030, o presidente Ikeda direcionou três frases que ajudam o Estudante a “abrir sua jovem vida e a expandi‑la amplamente” que são: “Obrigado!” , “Ensine‑me!” e “Vou superar tudo com alegria!” .
Lembrar-se desses incentivos no dia a dia pode proporcionar uma grande transformação na sua trajetória para se tornar um verdadeiro sucessor de Ikeda sensei.

"Obrigado"

Dizer "obrigado" ou "obrigada" é expressar a máxima gratidão que há no coração
O presidente Ikeda declara : “A falta de gratidão é uma das maiores falhas que existem” (Brasil Seikyo, ed. 1.906, 8 jul. 2007). Devemos nos policiar para manifestar gratidão em todos os lugares com as pessoas que encontramos.
Sensei afirma também que expressar gratidão é o mesmo que acumular boa sorte fazendo bem tanto para quem a expressa quanto a quem a recebe; e incentiva: “Quem tem gratidão estampa sorriso no rosto; tem alegria e se desenvolve; e acumula boa sorte". (Brasil Seikyo, ed. 2.316, 19 mar. 2016, p. A2). Vamos sempre manifestar nossa profunda gratidão com palavras e ações.
Já agradeceu alguém com um sorriso hoje?

“Ensine-me!”

Aprender significa vencer
Nosso querido mestre afirma: “As pessoas que continuam a estudar e a se aprimorar por toda a vida, que possuem o porte sagaz de quem sempre está disposto a aprender algo, são seres humanos magníficos" (Terceira Civilização, ed. 479, jul. 2008, p. 34). Devemos ter a disposição para aprender mesmo quando não esperamos aprender com aquela situação.
Aprender algo novo é cultivar um forte espírito de procura. É a luz do aprendizado que ilumina a vida e possibilita o aprimoramento. O presidente Ikeda orienta que aqueles que buscam o aprendizado são os verdadeiros vencedores na vida. Devemos ter o espírito de aprender sobre tudo e com todos. E o mais importante é cultivar o espírito de aprender com os incentivos e orientações do presidente Ikeda, assim como ele aprendeu com seu mestre, Josei Toda.
Você lembra qual foi a última coisa que aprendeu com um veterano?

“Vou superar tudo com alegria!”

Devemos transformar todas as circunstâncias em alegria
Quando as coisas parecerem complicadas, fale para si mesmo “Vou superar isso com muita alegria” e pense no nosso mestre lhe orientando; isso dará a você mais força e coragem para vencer em tudo!
"Quanto mais desafios enfrentamos, maior deve ser a nossa alegria e mais firme a nossa determinação para derrotá‑los (...). Aqueles que encontram alegria em tudo e que transformam toda circunstância em alegria são genuínos especialistas na arte de viver" (Brasil Seikyo, ed. 2.243, 13 set. 2014, p. B3).
Já disse “Vou superar tudo com alegria” para você mesmo hoje? Que tal tentar?
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Intercâmbio na África do Sul

Intercâmbio na África do Sul


Juliana Lie Yoshimatsu
29 anos
Assistente social
Responsável pela DFJ da RM Campestre, Coordenadoria Norte-Sul Paulistana
É formada em serviço social e pós-graduada em organização e gestão de políticas sociais.
Atualmente, Juliana está em Cape Town, capital da África do Sul, participando de um intercâmbio como integrante do projeto Rainbow Dreamers o qual visa incentivar e ampliar as habilidades das crianças que ainda sofrem com as consequências do apartheid. Nesse desafio, buscou aprimorar seu inglês num projeto em que pudesse também, como retribuição ao país que a recebe, oferecer algo à população local enquanto aprende.

Como surgiu o desejo de seguir essa profissão?

Sempre mantive certa inquietação sobre o ambiente de trabalho dos meus pais, ambos trabalham em feira livre, onde se encontram as mais diversas realidades, desde crianças trabalhando para sustentar a família até pessoas se alimentando com restos de comida.
A partir dessa vivência fui buscar uma maneira concreta de ajudar essas pessoas e entender o porquê dessa sociedade tão desigual.

Qual era seu objetivo ao decidir fazer um intercâmbio?

Em primeiro lugar, para aprender um idioma. Ikeda sensei sempre nos incentiva a estudarmos outra língua e sermos cidadãos do mundo. Além disso, foi também para vivenciar outra realidade e cultura, fazer algo desafiador e sair do comodismo.

Pode nos falar mais sobre o projeto Voluntariado?

Rainbow Dreamers (Voluntariado) é um projeto iniciado por um grupo de professores da escola do meu intercâmbio. É formado por alunos voluntários de todas as nacionalidades (sauditas, suíços, italianos, franceses, entre outros) que têm interesse em conhecer e contribuir para uma das realidades da África. Semanalmente abordamos um tema relacionado a valores e comportamentos e nos reunimos para discutir a melhor maneira de transmitir para as crianças. Com brincadeiras e músicas, no projeto participam aproximadamente 150 crianças por encontro!
São momentos incríveis em que rimos e nos alegramos juntos e elas agem como se já tivessem um vínculo conosco – é um sentimento único.

Você achou a realidade de onde se encontra hoje muito diferente do Brasil?

Não senti que é totalmente diferente, já que a África do Sul é um dos países mais desenvolvidos do continente africano, mas é forte alguns reflexos do apartheid, como ver uma população branca elitizada e a população negra operária. Em contrapartida, senti forte o legado de Nelson Mandela, a esperança e a força que transmitiu para que a população negra se reerguesse e vencesse.

Como se comunica com as crianças?

A primeira língua aprendida no país é o africâner, e a segunda, o inglês. Por isso algumas crianças falam mais o africanêr dificultando nossa comunicação. Porém a linguagem de um olhar não é necessária tradução, e isso acaba sendo até mais positivo.

De que forma você aplica os ideais do presidente Ikeda em sua profissão e no país que a recebe?

Escolhi essa carreira exatamente pela semelhança com os propósitos da SGI de prezar cada pessoa, empoderando-a de forma que tenha conhecimento dos seus direitos, tornando-a protagonista da sua vida.
Tento a todo instante manter uma conduta humanística justa e sincera com todos à minha volta. Afinal, a melhor maneira de demonstrar que tenho um grande mestre é por meio da minha postura e atitudes.

Já passou por algum momento desafiador desde que chegou ao país?

Sim. Estar sem a família e os amigos em outro país ao lado de pessoas desconhecidas com costumes e culturas diferentes foi bem desafiador, o que requer disciplina e responsabilidade em relação aos estudos, horários, e demais afazeres. Mas o daimoku sempre acalmava meu coração e tudo se encaixava.

Como você espera pôr em prática no Brasil todo o aprendizado dessa experiência?

Pôr em prática o que vi na África do Sul será sinônimo de maior dedicação a cada coisa que eu fizer, seja na família, na organização ou na sociedade, pois essa experiência me fez dar mais valor às pessoas que gosto e ao país em que nasci, além de poder incentivar a todos a aprender outro idioma por meio de um intercâmbio.

Você conheceu a SGI local, pode nos falar dessa viviência?

A SGI-África do Sul foi fundada há dezesseis anos. Conheci a organização da Costa Oeste na Cidade do Cabo, que tem aproximadamente 150 membros. Eles são tão acolhedores quanto os brasileiros, e quando os encontrei me senti mais feliz e renovada. A primeira coisa que me disseram numa atividade foi:“Você é do Brasil, os mais próximos do coração de sensei!”. Senti grande orgulho e responsabilidade em corresponder às palavras deles.

O que você diria para os estudantes que querem seguir essa carreira ou fazer intercâmbio?

Seguir essa profissão foi uma das minhas melhores escolhas. O sentimento de poder ajudar uma vida e até mesmo uma família a se levantar por meio do seu trabalho é indescritível! Fazer esse intercâmbio me possibilitou realizar uma grande troca de vivências e culturas entre o Brasil, a África e as pessoas do mundo com quem me encontrei. E digo a vocês: escolham o que realmente gostam de fazer como profissão e objetivem realizar um intercâmbio para se tornarem cidadãos do mundo, como sensei nos incentiva.

Nelson Mandela e o apartheid

Apartheid foi um regime de segregação racial implantado na África do Sul, iniciado em 1948, ao qual se retirou o direito e a liberdade dos negros, mestiços e indianos, privilegiando a minoria branca.
Nelson Mandela (1918—2013) É o principal representante do movimento contra o apartheid. Preso por quase três décadas, foi libertado em 1990; em 1993, recebeu o Prêmio Nobel da Paz com Frederik Willem de Klerk. Assumiu como presidente da África do Sul de 1994 até 1999.
Você sabia?
A Constituição da África do Sul reconhece onze línguas oficiais!
O africâner é a língua mais falada e o inglês sul‑africano é o mais popular em meio público e comercial, porém é apenas o quinto idioma mais falado dentro da casas.
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Juliana e as crianças da SGI-África do Sul

Juliana na atividade dos membros da SGI-África do Sul

As flores brasileiras

As flores brasileiras


Série de incentivos do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, direcionada à DE-Herdeiro e DE‑Esperança, publicada no jornal Mirai em junho de 2014
Um dos maiores pianistas brasileiros e meu amigo pessoal Amaral Vieira certa vez disse: “Podemos considerar como nosso lar todos os lugares em que encontramos amigos verdadeiros”. Eu me sinto exatamente assim e, partindo dessa afirmação, tenho lares por todo o Japão e ao redor do mundo – dentre ales o Brasil – onde tenho amigos cheios de vitalidade e alegria que têm um lugar especial em meu coração.
Enquanto no céu azul as nuvens brancas sorriam, a terra coberta por um tapete verde se estendia até onde os olhos podiam alcançar. Árvores e flores conversavam silenciosamente com a brisa leve e os pássaros e borboletas batiam as asas como sinal de felicidade.
Em fevereiro de 1993, visitei o Centro Cultural Campestre da BSGI (CCCamp), localizado na Grande São Paulo, com uma vista magnífica de sua área florestal. Na ocasião, mais de vinte espécimes de flores estavam florescendo, dentre elas lótus, girassóis e cosmos. Elas haviam sido cultivadas e cuidadas sinceramente pelos membros.
Além de tanques com trinta espécimes de peixes do Oceano Atlântico, Mar do Caribe e tipos raros da Amazônia, a BSGI criou um centro de conservação ecológico dedicado a promover a coexistência harmoniosa entre ser humano e natureza.
Sempre que tinha tempo durante minha estada no Centro Cultural Campestre eu passeava nesse paraíso verde e cheio de flores conversando com os jovens. Uma área com uma beleza única brilhantemente iluminada pelo sol era o bosque de quaresmeiras roxas e rosadas.
Segundo dizem, as quaresmeiras têm o nome Glory trees, em inglês, e são oriundas da América do Sul. Elas podem ser vistas em vários lugares de São Paulo, com suas flores exalando vitalidade em direção ao sol em meio às suas folhas verdes. Nossos associados brasileiros também convivem com vários sofrimentos e adversidades mas possuem uma vida de glória, assim como o nome dessa árvore demonstra.
Parecia que as flores cantavam em gratidão à vida florescendo ao máximo, em sua forma mais singular, sem se importar se eram ou não vistas pelos outros. É por essa razão que elas atraem as pessoas e as fazem sorrir. Do mesmo modo, pessoas alegres iluminam aquelas ao seu redor. A energia positiva delas e o espírito de desafiar-se são transmitidos e se espalham às outras. Pessoas alegres são capazes de superar qualquer adversidade
ou obstáculo.
O ditado popular no Brasil “Quem canta seus males espanta!” traduz o espírito do povo brasileiro. Significa que todos nós enfrentamos experiências dolorosas e tristes, porém, devemos cantar mais alto e rir das nossas preocupações. Se parecer que a situação não tem solução, vamos criar a esperança a partir de nós!
Sendo o maior país da América do Sul, o Brasil é visto como uma das grandes nações do futuro. Muitas pessoas são atraídas pelos vastos campos de suas terras, assim como por seu meio ambiente e miscigenação das raças, como se fossem fios de um tear. Admiro a gentileza e o otimismo inebriante do povo brasileiro.
A Copa do Mundo FIFA 2014 começará em breve [junho, 2014], o Brasil é conhecido mundialmente como o país do futebol e por seu povo extrovertido e acolhedor — todos se tornam amigos com apenas uma bola.
O Carnaval do Rio também é mundialmente famoso. Durante esse período, milhares de pessoas se vestem com fantasias e vão para os desfiles e blocos de rua, dançando ao ritmo do samba.
Eu me lembro com carinho quando fui ao Festival Cultural do Rio em fevereiro de 1993 encorajando os participantes com um instrumento típico do samba em minhas mãos.
Nichiren Daishionin orienta: “Quando um grande mal ocorre, um grande bem o sucederá. O que qualquer um dos senhores tem a reclamar? Mesmo que você não seja o venerável Mahakashyapa, deve pular de alegria! Embora não seja Shariputra, deve levantar-se e dançar! Quando o bodisatva Práticas Superiores emergiu da terra, ele não emergiu bailando?” (WND, v. I, p. 1119).
Do ponto de vista do budismo, encontrar problemas é sinal de vitória garantida no futuro. Por essa razão, por mais que as coisas estejam difíceis, devemos encará-las alegremente e se empenhar arduamente com a certeza de que enfrentando nossos problemas temos a chance de transformar nossa vida rumo a uma trajetória grandiosa. É isso que o Budismo Nichiren ensina. Uma fé inabalável transforma sua maior dificuldade em oportunidade.
O nome “Nichiren” é composto por ideogramas chineses de sol (nichi) e flor de lótus (ren). Nada é mais brilhante que o sol e nada é mais puro do que a flor do lótus. Quando recitamos Nam‑myoho-renge-kyo, a essência deste budismo, nossa vida brilha como o sol e floresce de forma deslumbrante como a mais pura flor de lótus.
Nascemos neste mundo para sermos vitoriosos. Recitar daimoku nos dá forças para viver cada dia e triunfar, não importando quais dificuldades enfrentaremos no caminho.
Certa vez disse para os amigos brasileiros que estavam enfrentando várias dificuldades: “Nós devemos crescer fortes. Devemos nos tornar árvores poderosas, que não se abalam nem pelos ventos mais poderosos – pelo contrário, se deliciam com as tempestades… Uma árvore cresce aos poucos, embora isso seja imperceptível. Assim como nosso daimoku, que a cada dia nutre nosso crescimento, tornando-nos grandes ‘árvores’ cheias de boa sorte, mesmo que não consigamos perceber”.
Nichiren Daishionin descreve a recitação do Nam-myoho-renge-kyo como “a maior das alegrias” (OTT, p. 212). Essa alegria fará com que se tornem uma pessoa notável, como uma grande e forte árvore. Para aqueles que possuem uma vida de esperança, não há recuo ou derrota. Essas pessoas serão capazes de avançar sempre à frente, rumo a uma vida de triunfo, cheia de felicidade, otimismo e autoconfiança. Aqueles que são alegres vencem no final.
Austregésilo de Athayde (1898–1993), na época presidente da Academia Brasileira de Letras, foi um grande amigo pessoal a quem tenho profunda admiração e respeito. Ele corajosamente empunhou sua caneta para lutar pela justiça. Um autêntico guerreiro das palavras escritas que foi exilado e mandado à prisão pela ditadura militar vigente no período e se recusou a ser derrotado pela perseguição que sofria.
Mais tarde, como representante do Brasil, ele contribuiu com o esboço da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que se inicia com as seguintes palavras: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”.
Athayde foi um sábio campeão da dignidade da vida, admirado por muitos ao redor do mundo. Ele estava com 94 anos quando o encontrei em fevereiro de 1993. Ele percorreu um grande caminho até me encontrar no aeroporto do Rio de Janeiro. Eu ainda me lembro vividamente de suas palavras em nosso primeiro encontro: “Vamos nos unir para mudar a história da humanidade”.
Os direitos humanos começam com o cuidado de uns com os outros. Zelar pelos nossos pais é um passo a essa direção. Ele mesmo sempre zelava muito bem pelos pais. Lembrando-se da mãe, Athayde disse: “Minha mãe tinha tanta disposição como o próprio sol, e sempre ria”,¹. E acrescentou: “O que tornou minha mãe forte foi a alegria de cuidar de seus doze filhos e ensinar a eles a felicidade da vida, e também para seus netos e outras crianças”.²
Não consigo evitar de me lembrar das mães que estão dando duro pela felicidade e bem‑estar de amigos na localidade. As pessoas que encontram alegria em transmitir essa felicidade para as outras são realmente felizes. Elas são felizes, de pensamento positivo e fortes.
Superando vários obstáculos, Athayde persistiu na luta pelos direitos humanos e pela justiça. Ele era um homem de forte convicção e inabalável como uma rocha; além disso, tinha um sorriso muito bonito. Amava dialogar com os jovens, e suas palavras eram acompanhadas de um forte otimismo e um maravilhoso senso de humor.
Ele enfatizava que é importante acreditar no futuro sem se importar se o presente estiver ruim.
É difícil acreditar no futuro ao se deparar com obstáculos e dificuldades. Entretanto, por favor, não desistam! Este é o momento de recitar daimoku e se encorajar. Acreditem em sua preciosa missão e no futuro. É este o caminho para dissipar as nuvens de sofrimento e fazer com que o sol brilhe no coração iluminando tudo e todos ao seu redor. Esse poder do acreditar e esse poder da fé trarão a luz de esperança para toda a humanidade.
Um escritor brasileiro, que também era membro da Academia Brasileira de Letras, Paulo Coelho, disse: “Nunca se esqueça disto: todos vocês são muito mais do que acreditam ser”.
Mesmo se acham difícil acreditar em si mesmos, eu acredito! Seus familiares e sua família Soka estão apoiando vocês. Por favor, sigam em frente corajosamente, sem pressa, rindo de suas preocupações!
Em 1960 ocorreu minha primeira visita ao Brasil, em minha primeira viagem pelo mundo em busca da paz mundial. Minha segunda visita ao país aconteceu em 1966. Tentei uma terceira visita em 1974, mas a ditadura militar brasileira se recusou a fornecer meu visto, então fui forçado a mudar meus planos.
Os primeiros membros no Brasil até então enfrentaram a tempestade de críticas e ataques, impulsionados pelos seus esforços para contribuir com a sociedade e expandir uma rede de confiança e felicidade na localidade, uma pessoa por vez.
Fazendo “muito mais daimoku” como seu slogan, eles plantaram as sementes da Lei Mística – as sementes da felicidade e da paz – por todo o território nacional.
Em 1984, eu estava apto a fazer minha primeira visita ao Brasil após dezoito anos. Ainda posso ouvir os 20 mil membros brasileiros triunfantes no I Festival Cultural e Esportivo da Associação Brasil SGI (BSGI), entoando seu grito de vitória “É pique, é pique, é pique, pique, pique!”.
Em cada visita feita ao Brasil carregava o espírito de viajar com meu mestre, o segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda. Visitei o país pela quarta vez em fevereiro e em março de 1993. Foi quando estava no Rio de Janeiro, no dia 11 de fevereiro, aniversário do Sr. Toda, que escrevi minhas considerações finais após os 12 volumes do romance Revolução Humana: “O que eu sinto que devo fazer agora é lutar no lugar do meu mestre para um propósito maior: a paz mundial e a felicidade dos seres humanos, sobreviver e completar minha missão neste mundo. Este é o caminho que eu devo seguir como seu discípulo, saldar minha dívida de gratidão com meu mestre. É esse o caminho da revolução humana que ele construiu para nós”.
Quando dedicamos nossa vida para cumprir nosso juramento ao mestre, a coragem de avançar sem temer a nada brota do fundo de nós.
Eu fico muito feliz que os integrantes da nossa Divisão dos Jovens do Brasil, verdadeiros campeões, carregam em si esse espírito.
O famoso escritor brasileiro Erico Veríssimo (1905–1975) escreveu: “O mundo é grande, e está cheio de coisas valiosas que devemos ver e fazer”. Como isso é verdade!
Espero que todos vocês aprendam com este mundo grandioso e despertem interesse em aprender uma língua estrangeira.
Vamos fazer com que as flores da amizade floresçam no Brasil e em outros países. Vamos expandir nossa rede pela paz e fazer do planeta inteiro nosso lar, cheio de amigos!

Responsabilidade – Got It!

Responsabilidade – Got It!


Viver cada dia como um jovem responsável faz parte de nosso aprimoramento e não precisa ser um peso, mas um orgulho que nos faz ainda mais completos. Nesta edição, RDez explora os tipos de responsabilidades que um jovem possui e como eles, a princípio rotulados como limitadores, são essenciais para o seu desenvolvimento como ser humano.
Responsabilidade é falta de liberdade?
O que é ter responsabilidade? A primeira ideia que vem à mente é a de “dever”, “obrigação”, enfim, algo cujo cumprimento exige certo sacrifício de nossa parte. Nesta acepção, parece até natural querermos nos esquivar da responsabilidade, pois a impressão que temos é a de algo desagradável ou uma cobrança.
“Não se esqueça de organizar seu quarto?”, “Já fez as lições?”, “Olha o horário!”, “Saia da frente da TV”, “Não gaste tudo”— essas são algumas das muitas cobranças que recebemos e nos faz considerar responsabilidade como uma coisa chata de assumir.
À medida que crescemos e avançamos nas fases da juventude, as responsabilidades se tornam maiores a ponto de o ritmo da nossa vida se intensificar, e então pensamos: “Eu era feliz e não sabia”. Por isso, muitas pessoas confundem com falta de liberdade. Isto não é verdade. Achar que a isenção de responsabilidades significa ser livre é um pensamento equivocado. Sem responsabilidade não conseguimos conquistar nossos objetivos nem chegar a lugar algum.
Ser um jovem responsável é conquistar a confiança
Responsabilidade nada mais é que a habilidade de responder positivamente a nós mesmos, aos outros e ao mundo por meio de nossas ações. E a qualidade dessa resposta pode fazer muita diferença, não só em nossa vida, mas também na de todos aqueles que nos cercam.
Quando falhamos em cumprir nossos compromissos, nós nos tornamos alvo de desconfiança das pessoas. Como jovens, precisamos agir sempre com grande senso de responsabilidade, pois é na juventude que desenvolvemos e polimos nosso caráter. Cada ato, cada palavra, cada gesto e todos os compromissos relacionados aos estudos e ao trabalho, os sociais e nossas diversas atividades, são comprometimentos que devemos cumprir. Ser responsável é saber valorizar ainda mais nossa vida e a dos demais. Com isso, conquistamos a confiança das pessoas e abrimos várias portas para outras oportunidades para o futuro.
Independentemente das características de cada um, se desejamos nos tornar pessoas realmente felizes, devemos nos esforçar para nos aprimorar como seres humanos e o primeiro passo é sermos pessoas que conquistam e realmente mereçam a confiança dos outros.
Portanto, que tal começarmos com as pequenas tarefas do dia a dia?
Achar que a isenção de responsabilidades significa ser livre é um pensamento equivocado. Sem responsabilidade, não conseguimos conquistar nossos objetivos e não podemos chegar a lugar algum.

Nossa missão pelo kosen-rufu

Aprendemos sobre algumas das responsabilidades que todo jovem tem; no entanto, avançando um passo nessa análise, vemos que há um tipo de responsabilidade que somente os Sucessores Ikeda 2030 podem cumprir: assumir o legado do kosen‑rufu junto com o presidente Ikeda.
Na Nova Revolução Humana, ele diz: “Antes de tudo, quero que vocês assumam a responsabilidade de promover o kosen-rufu para si mesmos e procurem agir com sabedoria diante dos diversificados problemas que surgem na sociedade. Sejam políticos, empresários ou líderes de entidades, se ficarem parados sem pensar em nada, não poderão cumprir suas responsabilidades” (Brasil Seikyo, ed. 1.510, 5 jun. 1999, p. 7).
O 16 de Março é conhecido como Dia do Kosen‑rufu, justamente porque Josei Toda, segundo presidente da Soka Gakkai, transmitiu ao seu discípulo, o jovem Daisaku, e a todos os jovens o legado de promover o Budismo de Nichiren Daishonin visando a paz mundial e a felicidade
das pessoas.
Na sociedade, “assumir a responsabilidade” pode soar como um compromisso não desejado e um peso. Mas da nossa perspectiva como discípulos, é fortalecer nosso caráter e transformar a realidade que está diante de nós para uma vida repleta de valores em que os ideais Soka prevaleçam.

Os desafios da juventude

Estudos
O compromisso com os estudos é a principal responsabilidade de um jovem e, não por acaso, o lema eterno da Divisão dos Estudantes diz “Em primeiro lugar, vamos nos dedicar aos estudos”.
Durante a juventude, enfrentamos inúmeras angústias e dificuldades que nos fazem
desanimar ou pensar na escolha de um caminho mais fácil, que dê “menos trabalho”. Porém, é encarando as adversidades que erguemos uma sólida personalidade capaz de criar uma vida de grande valor.
Na mensagem enviada para os alunos do Colégio Soka do Brasil, o presidente Ikeda afirma: “A educação existe para que não só vocês, mas todos ao seu redor sejam felizes e assim edifiquem uma sociedade de paz. Por isso, gostaria que os estudantes Soka jamais se esquecessem ‘para que’ estudam e, cada qual à sua maneira, fazendo florescer o seu melhor, trilhassem o caminho da juventude mais nobre e mais glorioso como jovem” (Brasil Seikyo, ed. 2.356, 28 jan. 2017, p. A7).
Lembrando deste real propósito de “para que” estudamos, por que não cumprir esta missão de forma plena e criar um impacto positivo
na sociedade?
Responsabilidade social
É a atitude e o comportamento ético e transparente com respeito às leis, às pessoas e ao meio ambiente por parte de uma organização, seja um grupo social ou empresarial. É muito importante ressaltar que, para que essa responsabilidade social aconteça, é preciso considerar a responsabilidade individual de cada membro da sociedade; por essa razão, está interligada com o conceito de cidadania. Nesse contexto, a SGI é um grandioso exemplo de organização que exerce a responsabilidade social, pois cada um de seus associados contribui efetivamente para a sociedade e para a felicidade das pessoas.
Além do respeito às pessoas, se refere ao respeito ao meio ambiente, visto que os recursos extraídos da natureza não são inesgotáveis, e para que isso aconteça de forma saudável é essencial a consciência e o comprometimento do ser humano em não prejudicar a natureza.
“O propósito do estudo não é ser aceito numa universidade de prestígio. É cultivar sua mente e seu coração de forma que se tornem indivíduos plenos e que deixem alguma prova de sua existência neste mundo. Cumpram a missão que é sua e somaente sua. E façam o máximo para auxiliar aqueles que estão sofrendo. Para isso, precisarão de força e caráter. Eis por que afirmo constantemente o quanto se pode ganhar trabalhando arduamente e desafiando a si próprios”
(Juventude — Sonhos e Esperança, v. 1, p. 41).

Educação financeira

Nossa atual fase da juventude é uma época em que começamos a traçar diversos objetivos pensando no futuro. O desenvolvimento nos estudos, conforme já mencionado, seja ingressando na universidade, fazendo cursos ou intercâmbios, está sempre presente na lista em nossas metas. Mas também como jovens, temos algumas ambições de adquirir objetos materiais que são necessários ou simplesmente desejos que irão nos satisfazer como videogame, tablet ou até mesmo um carro. Por que não?
Você é livre para objetivar e buscar o que quiser! Porém, tudo isso envolve dinheiro e como este não cresce em árvores, devemos nos planejar aprendendo mais sobre educação financeira.
Aprender a economizar, cortar gastos e poupar são atitudes importantes, mas educação financeira é muito mais que isso; é buscar melhor qualidade de vida tanto hoje quanto no futuro, proporcionando segurança necessária para aproveitar os prazeres da vida e, ao mesmo tempo, obter uma garantida para eventuais imprevistos.
“Uma jornada de mil quilômetros precisa começar com um simples passo”, dizia o filósofo chinês Lao Zi. Cedo ou tarde você terá de encarar as questões financeiras, por isso, por que não começar a se educar desde já? Pode não parecer, mas no longo prazo você irá se surpreender com os resultados.

Faça um bom planejamento financeiro

- Faça o acompanhamento mensal de seus gastos
- Estabeleça as metas de longo prazo em etapas
- Sempre deixe uma poupança para eventuais surpresas
- Nunca gaste mais do que você tem

O melhor investimento é o conhecimento

- São algumas das diversas dicas e conselhos que os profissionais da área financeira dão aos jovens. Porém, mais do que aprender a controlar seu dinheiro, o importante é fazer o investimento certo: conhecimento.
- “Investir em conhecimento sempre rende os melhores juros”, dizia Benjamin Franklin.