segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O amado escritor de histórias infantis

O amado escritor de histórias infantis


Texto extraído e adaptado da série de incentivos "Arco-íris da Esperança" do presidente da SGI, Daisaku Ikeda, para os membros da Divisão dos Estudantes, publicado no jornal Kibou1 em abril de 2015
Parabéns a todos que começaram a estudar neste ano e para os que estão avançando para o próximo ano escolar!2
Os que são novos provavelmente estão nervosos e cada um se perguntando “Serei capaz de fazer amigos?” ou “Como será a escola?”. Talvez vocês também se sintam ansiosos e preocupados. Mas ficarão bem, porque são todos filhotes de leão com espírito ardente e imbatível.
Hoje vamos nos juntar para energicamente criar a história de um novo dia!
Vocês já leram A Pequena Sereia, A Menina dos Fósforos, A Roupa Nova do Imperador ou A Polegarzinha? Elas foram todas escritas por Hans Christian Andersen (1805–1875), conhecido como um grande autor de literatura infantil, que escreveu mais de 150 contos para crianças durante sua vida.
Alguns dos coros da Divisão dos Estudantes da Soka Gakkai são uma homenagem a Andersen. E sua história A Rainha das Neves foi inspiração para um filme que se tornou um grande sucesso recentemente.
Andersen nasceu na Dinamarca, no norte da Europa. Uma estátua de bronze A Pequena Sereia é encontrada em cima de uma fonte em Copenhague, capital do país. Tive a oportunidade de observar essa estátua pessoalmente, 54 anos atrás (em 1961).
O fundador da Soka Gakkai, presidente Tsunesaburo Makiguchi, admirava a Dinamarca como um país de excepcional modelo de educação; eu também publiquei um diálogo com um renomado educador dinamarquês, Hans Henningsen. Conversamos sobre como as histórias de Andersen estão repletas do espírito de valorizar cada pessoa ao máximo.
Se as pessoas ao redor do mundo compartilhassem esse sentimento de se importar verdadeiramente com os outros, certamente criaríamos uma sociedade pacífica. É por isso que fico muito feliz ao saber que vocês estão se esforçando ao máximo e radiantemente cuidando de seus amigos.
O Patinho Feio é outro conto de Andersen.
Em um dia de verão, a mãe pato estava chocando seus ovos. Ela já os mantinha quentinhos por um tempo, e finalmente pequenos patinhos amarelinhos e fofinhos começaram a quebrar a casca e sair dos ovos. Mas o último patinho era grande e tinha penas cinzas.
Por ser diferente, os outros patinhos e os demais animais o tratavam mal, dizendo que ele era feio. Ele então decidiu fugir. Mas onde ia o patinho era rejeitado e ele teve de sobreviver sozinho ao inverno rigoroso.
Quando a primavera chegou, o patinho feio se viu voando pelos céus. Então pousou em uma grande lagoa rodeada por árvores e lá um grupo de cisnes se aproximou dele. Imediatamente pensou que os cisnes o achariam feio, e, tomado pela tristeza, abaixou a cabeça. Para sua surpresa, no entanto, em seu reflexo viu não um patinho feio, mas um belo cisne.
É dito que O Patinho Feio foi baseado na própria de vida de Andersen.
Hans Christian Andersen nasceu há quase 200 anos, em 2 de abril de 1805, na cidade dinamarquesa chamada Odense. Sua família era pobre, mas seus pais eram amorosos e ele teve uma infância feliz.
Seu pai amava ler e o incentivou na leitura de obras como Mil e Uma Noites. Ele também o levava para ver peças de teatro. Dessa forma, Andersen aprendeu a apreciar histórias e peças desde menino.
O pai dele faleceu de uma doença quando ele tinha 11 anos. A família se tornou ainda mais pobre, mas sua mãe trabalhava seriamente para criar os filhos.
Certo dia, uma companhia de teatro de Copenhague veio para a cidade. Inspirado pela peça que eles apresentaram, o jovem Andersen decidiu se tornar ator. Aos 14 anos ele se mudou para Copenhague a fim de tentar essa carreira.
Porém seus sonhos rapidamente se esvaíram. Ninguém queria contratá-lo. Havia dias em que nem sequer tinha o que comer. Apesar disso, ele não se deixou desencorajar.
Se ele não pudesse ser ator, poderia escrever peças. Andersen trabalhou duro para escrever vários roteiros e os enviou para os teatros. Um deles foi aceito e pago por meio de ajuda de custo para ele ir à escola estudar.
Andersen tinha 17 anos na época e ficou em uma sala com alunos que eram quatro ou cinco anos mais novos que ele. Por ser mais velho e muito maior que os demais alunos, um professor maldoso fez piadas sobre ele e pegava no seu pé. Ainda assim ele continuou estudando e foi aceito na faculdade aos 23 anos. Durante a faculdade, escreveu vários livros, poemas e histórias para crianças.
Ele também passou por vários obstáculos, mas nunca aceitou a derrota e continuou se esforçando. Muitas pessoas o ajudaram e o apoiaram como incentivo para ele continuar a escrever. Com o passar do tempo, Andersen se tornou um famoso escritor e suas histórias ainda são lidas por crianças de todo o mundo.
Andersen, que era destratado como o patinho feio, se tornou um belo cisne que alçou voo para o vasto céu do mundo da literatura.
Algumas pessoas podem lhe incomodar por você ser diferente. Mas, por favor, se lembre de que bullying e discriminação são totalmente errados. Então, não se permita ser derrotado por isso.
Cada um de vocês tem um tesouro que é apenas seu. Recitar daimoku tem o poder de fazer esse tesouro brilhar ao máximo em sua vida. Mesmo que não consigam ver como ele é agora, chegará o tempo em que conseguirão.
Hans Christian Andersen escreveu: “Por toda a minha vida, nos dias claros e também nos dias mais escuros, apresentarei meu melhor resultado”.3
Aqueles que mantêm a esperança no coração e se desafiam, independentemente de qualquer coisa, serão realmente grandiosos. Aqueles que continuam tentando, não importando o que aconteça, certamente serão vitoriosos no final. Enquanto você mantiver vivos os seus sonhos e se esforçar sem se deixar derrotar, tudo o que acontecer, mesmo que cause dor e sofrimento, se tornará a fonte de força para seu crescimento como ser humano.
O aniversário de Andersen, 2 de abril, é hoje celebrado como o Dia Internacional do Livro Infantil. No Japão, o período de duas semanas — uma antes e uma depois desta data — é a Semana do Livro Infantil, dando às crianças mais oportunidades para aproveitar a leitura de livros ilustrados.
O dia 2 de abril também é o dia em que meu mestre, o segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, faleceu (em 1958). Trabalhei em sua editora e, quando estava com 21 anos, me tornei editor de uma revista para meninos. Fiz o meu melhor para torná-la divertida e valiosa, de forma que levasse esperança e sonhos a seus jovens leitores.
Também escrevi histórias infantis, e agora, esta série “Arco-Íris da Esperança”, baseado no mesmo espírito. Meu desejo se mantém o mesmo até hoje.
Outro ano letivo irá começar [no Japão]. Minha esposa, Kaneko, e eu estamos recitando daimoku com todo o nosso coração para que os membros da Divisão dos Estudantes possam ter um ano feliz e recheado de risadas.
Andersen escreveu:
Um pássaro bate suas asas na vidraça —
Vamos sair agora!
Lá fora nos esperam os frutos da sabedoria, assim como a maçã da saúde,
vamos voar juntos e colhê-los,
todas essas maravilhosas e belas coisas!4
Estudem com afinco, cuidem da saúde, estimem seus amigos e sejam bons com seus pais! Tantas coisas maravilhosas e belas esperam por vocês no futuro!
A Pequena Sereia
A Pequena Sereia é uma das mais famosas histórias escritas por Hans Andersen. A primeira publicação foi lançada em 7 de abril de 1837. Após essa edição, o livro tomou o mundo. Apesar de já terem passados 179 anos, foi traduzido para inúmeros idiomas e também se tornou um dos filmes infantis mais conhecidos.
Inspiração nos cinemas
Esta obra de arte serviu de inspiração para que fosse feito uma animação nos cinemas em 1989, um filme intitulado com o mesmo nome da escultura.
Estátua centenária
A Pequena Sereia é uma estátua encomendada por um dinamarquês chamado Carl Jacobsen, como um presente para a cidade de Copenhague em 1913.
Ícone da cidade
A estátua é um ícone da cidade e apreciada por mais de um milhão de visitantes ao ano. É a mais fotografada da Dinamarca, recebendo cerca de cinco milhões de “cliques”por anos.
A obra pelo mundo
Há 14 réplicas da estátua espalhadas pelo mundo em países como Estados Unidos, Romênia, Espanha e Brasil. Esta última foi doada ao país na década de 1960 e ornamenta a sede da Marinha brasileira em Brasília, DF.

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