Somos surpreendidos diariamente com novidades tecnológicas e invenções que surgem para inovar ou facilitar nossa rotina – produtos, serviços e alimentos se tornam trendings (tendência). Você já pensou que isso pode impactar o meio ambiente e a nossa vida? Caring our future significa “cuidar do nosso futuro”. Com isso em mente, descubra um pouco mais sobre como as ações de hoje impactam o nosso amanhã
Nosso estilo de vida afeta diretamente a disponibilidade de recursos como alimentos, água e energia; afeta também quando pensamos no lixo que produzimos. Cada vez que a sociedade cresce e se desenvolve, maiores são as preocupações com esses recursos. Quanto maior a população, maior o consumo, e a produção nas indústrias cresce mais e mais. Na mesma proporção há o aumento do lixo e a falta de destino adequado para ele.
Mas... e o meu refrigerante?
Tudo o que consumimos, direta ou indiretamente, provém de recursos naturais. Por exemplo, já pensou no refrigerante que você adora?
Gasta-se muita água na produção do seu recipiente. Também se utiliza demasiada energia e outros produtos industriais para deixá-lo saboroso; além de ser uma das bebidas mais consumidas, o Brasil já se tornou o terceiro maior mercado de refrigerantes, e a ONU estima que, em 2030, 40% da população não terá acesso à água potável se tudo continuar como está.
Isso não significa que precisamos deixar de consumir algo de que gostamos ou de comprar a última novidade tecnológica, mas devemos repensar nosso modo de vida e como ajudar a diminuir esses dados visando o futuro do planeta. As escolhas que fazemos nos definem, e estas também podem causar impactos irreparáveis ao meio ambiente.
O que é sustentabilidade e como ser sustentável?
Sustentabilidade: conceito
Termo usado para definir ações e atividades que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, e que está diretamente relacionada com o desenvolvimento econômico, usando os recursos naturais de forma inteligente para que se mantenham e não se esgotem, sem comprometer o futuro das próximas gerações.
Exercitar o pensamento sustentável é refletir sobre as escolhas e os impactos que o produto que consumimos vai causar para o meio ambiente. Para isso, é importante fazer essas três perguntas:
1. De onde vem?
Muitas indústrias estão se preocupando e aderindo a uma produção mais sustentável ou empreendem ações em prol do meio ambiente; seja diminuindo resíduos na produção, desperdício de energia e produtos, investindo em tecnologias para solucionar problemas ecológicos ou mesmo apoiando ações e projetos de meio ambiente.
No caso dos hortifrutigranjeiros, há a agricultura orgânica, que é um processo produtivo comprometido com a qualidade da produção de alimentos de forma que não agrida o meio ambiente mantendo a harmonia de todos esses elementos entre si. Que tal pensar na procedência de determinado produto antes de adquiri-lo?
2. Eu realmente preciso disto?
Fazer-nos essa pergunta a cada compra nos permite consumir apenas aquilo que realmente precisamos, evitando a produção de lixo em excesso. E, quando compramos algo ou algum alimento, devemos aproveitá-lo ao máximo.
3. Como isto será descartado?
No Brasil são desperdiçados 40 mil toneladas de alimentos por dia. Com um consumo consciente, podemos mudar isso efetivamente.
Por esse motivo, torna-se tão importante realizarmos o descarte correto, seja reciclando lixo, aproveitando os resíduos orgânicos para a produção de adubo, ou descartando eletrônicos ou objetos com produtos químicos nos locais adequados.
Conhece o Save Food Brasil?
Iniciativa da ONU com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) para diminuir as perdas e os desperdícios de alimentos no mundo. Discutem e propagam ações e ideias para mudar essa realidade com o objetivo de até 2030 reduzir pela metade o desperdício de alimentos nas vendas a varejo e no consumo; reduzir a perda das cadeias de produção e distribuição, incluindo perdas antes da colheita.
Se economizar, não vai faltar
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 110 litros são suficientes para atender às necessidades de uma pessoa em 24 horas; porém, destes, 100 litros já são gastos apenas num banho de dez minutos. Que tal economizarmos para não faltar água?
4 litros
Escovar os dentes com a torneira aberta
5 litros
Para cada lavagem de mãos
100 litros
Para um banho de 10 minutos
A água que ninguém vê
Já ouviu falar em “água virtual”? É a quantidade de água “embutida”, ou seja, necessária para produzir um bem, produto ou serviço. Algumas empresas aprimoram sua produção, desperdiçando menos água e tratando seus resíduos, no entanto, a ação mais eficiente é consumirmos menos e com mais consciência. Veja ao lado alguns exemplos:
16,6 mil litros
Para produzir 1 kg de couro para sapatos
11 mil litros
Para produzir 1 calça jeans
2,7 mil litros
Para produzir 1 camisa 100% algodão
Cada pessoa produz em média 387 kg de lixo por ano.
Mas, destes, apenas 58% têm destinação correta
Antes da primeira Revolução Industrial, a população era bem menor e o lixo produzido nas cidades era basicamente composto por resíduos orgânicos. Após essa revolução, aumentou não só o número da população, como também o incentivo ao consumo em massa, e os lixos inorgânicos, tóxicos e altamente tóxicos passaram a fazer parte do nosso cotidiano. Encontrar a forma adequada de descarte de cada tipo de lixo pode evitar sérios problemas futuros.
“Sem sujeito, não há ambiente”
O Budismo de Nichiren Daishonin, que surgiu no século 13 no Japão, expressa o dinamismo de sua visão sobre o mundo e sobre a natureza nas seguintes palavras: “Sem sujeito não há ambiente. E este é criado pelo sujeito” (Brasil Seikyo, ed. 1.529, 30 out. 1992, p. A8).
Na Proposta de Paz 2017 Ikeda sensei cita os jovens como as pessoas que estarão à frente da luta na construção de uma cultura de direitos humanos em que “ninguém seja deixado para trás”, além de enfatizar a importância de tomarmos ações para se cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) lançados pela ONU visando o ano de 2030.
E para corresponder a esta expectativa do Mestre, precisamos ser os jovens que vivem esta cultura de direitos humanos em todos os sentidos, pensando sempre na extensão de nossas ações.
Sobre esho funi, Ikeda sensei diz: “‘Sujeito’ indica a manifestação fundamental que é a vida humana, e ‘ambiente’, o mundo natural à sua volta. O budismo revela, dessa forma, que sujeito e ambiente mantêm uma relação de não dualidade. Por essa razão, nenhum fenômeno na natureza pode ocorrer separado das ações geradas no interior da vida chamada sujeito, isto é, da vontade e da inteligência do ser humano. Portanto, o budismo elucida que a preservação e a recuperação do meio ambiente dependem da sabedoria manifestada pelos homens” (Brasil Seikyo, ed. 1.529, 30 out. 1999, p. A8).
Quando temos a consciência de que o ser humano e seu ambiente são inseparáveis, preservamos o meio ambiente e tomamos ações conscientes, e assim melhoramos o ambiente em que vivemos e, também, melhoramos a nós mesmos.
De olho no futuro
O importante é entrarmos em ação para mudar o presente que resultará num futuro melhor. Mesmo que muitas vezes a mudança pareça estar no outro, sempre precisamos refletir sobre qual o bem que posso criar.
Certa vez, num discurso, o presidente Ikeda citou o pensamento do presidente Makiguchi: “(...) Vamos dizer que uma pessoa tenha colocado uma pedra em uma estrada de ferro. Isso é maldade. Vamos supor que outra pessoa vê a pedra nos trilhos mas não alerta ninguém sobre a situação, e simplesmente deixa a pedra lá. É verdade que ela não cometeu o mal, mas também não fez o bem. Se em consequência de sua inércia o trem descarrilhasse, então seria o mesmo que tivesse cometido o mal” (Brasil Seikyo, ed. 1.428, 6 set. 1997, p. 3).
Com esse mesmo pensamento, sejamos nós os jovens que criam a mudança “sem deixar ninguém para trás” garantindo um meio ambiente próspero para si e para todos.
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