quinta-feira, 15 de junho de 2017

Gratidão e ação

Gratidão e ação
Engenheira Agrônoma


- Aline Erika Hori
- 30 anos
- Engenheira agrônoma
- Formada em engenharia agronômica pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Também possui formação técnica em Silvicultura
- É responsável pela DFJ do Distrito Itapeva, SP , Coordenadoria Leste Paulista
Aline estava decidida a cursar uma faculdade e, no momento decisivo, optou por engenharia agronômica. Hoje compreende que seu daimoku foi crucial para aquela escolha. Sua alegria é contribuir para o local onde vive
Você sempre pensou em ser engenheira agrônoma? Como optou por esse curso?
Crescer no meio rural observando o trabalho da minha família na agricultura influenciou minha decisão. Na época de DE‑Herdeiro, eu estava bem indecisa sobre a profissão que queria seguir. No ano do vestibular, minha família e eu passamos por um grande desafio e fizemos muito daimoku. Estava decidida a fazer certo curso, mas após ouvir as palavras de um professor tomei a decisão praticamente no último momento. Hoje compreendo que todo aquele daimoku e luta me direcionaram para essa escolha, que na verdade seria a minha missão como profissional.
O que faz um silvicultor?
Como se aplica no seu trabalho?
Neste curso, aprende-se basicamente o cultivo de florestas tanto nativas (espécies naturais do Brasil) como comerciais (eucalipto, pinus etc.), e é muito focado no meio ambiente, aliás, essa foi a parte de que mais gostei e que complementou muito minha formação. Após terminar a graduação, quis ampliar meus conhecimentos e decidi cursar algumas disciplinas de tecnologia em silvicultura. A vantagem de um curso tecnológico é que o conhecimento adquirido é bem mais prático que teórico.
Você trabalha no programa estadual Município Verde e Azul, o qual visa a melhoria local. Que impacto você acredita que esse programa pode causar em todo o estado?
Esse programa existe apenas em São Paulo e é a oportunidade para que todos os municípios do estado repensem e apliquem a gestão ambiental em todos os setores. Isso gera a melhoria na qualidade de vida da população. É preciso comprovar as ações que estão sendo realizadas pela prefeitura nas áreas de educação ambiental, qualidade do ar e da água, esgoto, resíduos sólidos, arborização urbana, biodiversidade, solos, proteção de nascentes. Para o sucesso desse programa existem duas pessoas responsáveis e eu sou uma delas. Minha função principal é estreitar a relação entre as diversas secretarias. É o princípio de criar a união harmoniosa de itai doshin: diferentes setores (saúde, educação, obras, planejamento, compras) com um único objetivo (a melhoria da qualidade de vida da população e seu meio ambiente). É um trabalho que exige muito diálogo, empatia, criatividade e esforço.
Como engenheira agrônoma, você realiza projetos visando a melhoria dos agricultores e a sustentabilidade no trabalho deles. Como é para você se dedicar num projeto que visa empoderar o agricultor local?
Apesar de o curso de agronomia ser mais focado em produção de larga escala com alto investimento, existem várias áreas de atuação; e trabalhar com agricultura familiar e produção sustentável sempre me interessou por saber dos desafios que minha própria família enfrentou nesse ramo. É uma alegria saber que por meio do diálogo e do respeito podemos ganhar a confiança dos produtores e contribuir para uma produção saudável em todos os sentidos.
Não tenho como desvincular meu trabalho de tudo o que aprendi na organização e na luta pelo kosen-rufu. Meu único sentimento é gratidão por possuir um mestre e uma família Soka maravilhosa; tenho muita boa sorte de ter feito essas escolhas e de poder de alguma forma contribuir para o local em que nasci.
Gostaria de deixar algum recado para os Estudantes que se interessam pela área?
“Sejamos os primeiros a criar uma nova esperança” – é uma frase que li na RDez e tocou profundamente minha vida, e cada vez mais comprovo quanto seu significado é importante para esta época em que vivemos. É um pedido do Mestre.
Aproveitem todo o treinamento que existe na Soka Gakkai, pois ele nos desenvolve para que possamos vencer qualquer desafio na sociedade. Sejam sempre humanistas e busquem o diálogo para ter sucesso em tudo. Se você gosta da área de meio ambiente, lembre-se de que ele existe na sua casa, no seu bairro, na sua cidade.
Fazer parte de um grupo da organização é essencial. Sou do grupo Flora da BSGI e lá aprendemos sobre como contribuir para o meio ambiente nos baseando nos ideais do presidente Ikeda. Nossa atuação principal é no Centro Cultural Campestre, mas agora vamos expandir ainda mais o campo de atuação do grupo nas localidades e na sociedade.

Produção sustentável

O termo se refere ao uso de alternativas que minimizam impactos ambientais e sociais ao longo de um ciclo de produção de bens ou serviços. Pode-se dizer que a produção sustentável tenta fazer “mais com menos”, melhorando a qualidade de vida, reduzindo a degradação ambiental, o desperdício e a poluição. Na agricultura, considera-se quando se reduz o uso de agrotóxicos e substitui por fontes mais naturais e alternativas quando se respeita as leis ambientais, por exemplo; ou seja, garante a produção sem comprometer a saúde e o meio ambiente.

Agricultura familiar

A gestão da propriedade é compartilhada pela família e a atividade produtiva agropecuária é a principal fonte geradora de renda. A produção é em escala menor. Além disso, o agricultor familiar tem uma relação particular com a terra, seu local de trabalho e moradia. A diversidade produtiva também é uma característica marcante desse setor.
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Aline em frente à propriedade da família: "Meu único sentimento é gratidão por possuir um mestre e uma família Soka maravilhosa"


Aline e os agricultores familiares do projeto do qual faz parte

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