quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Diga não ao bullying

Diga não ao bullying


Ao longo da vida escolar, os Estudantes se deparam com adversidades que
podem interferir no processo de aprendizado. Na entrevista, Mara Custódio
fala sobre o bullying, um dos maiores obstáculos que enfrentamos
O que é o bullying?
A palavra bullying tem origem do inglês bully, que significa “valentão”, e tem como característica a ação de violência física ou psicológica, realizada de maneira repetitiva por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.
Como ele acontece?
Embora mais estudado no contexto escolar, o bullying acontece em diversos espaços e faixas etárias. Alguns exemplos: obrigar a realização de tarefas servis, insultar, colocar apelidos, “tirar sarro”, fazer comentários preconceituosos ou que digam respeito a qualquer diferença no outro, fazer fofocas, espalhar boatos.
Quais são os efeitos?
O bullying afeta todos os envolvidos — agressor, vítima e as pessoas próximas. No caso da vítima, pode deixar marcas físicas e psicológicas que não são percebidas em curto prazo. Dependendo da intensidade das agressões, as dificuldades emocionais persistem, causam frustrações e depressão com baixa autoestima podendo levar ao suicídio. Por isso, precisamos ficar de olho.
O que estimula a prática do bullying?
De modo geral, quem pratica o bullying quer ser reconhecido e popular, sentir-se “poderoso”. É uma
pessoa que não aprendeu a transformar sentimentos
em diálogo, na maioria das vezes é muito insegura, precisando de um diferencial para se sobrepor aos
demais. Então, o sofrimento do outro se torna uma
forma do agressor se sentir satisfeito, seguro e superior. Há casos em que ele foi vítima e reproduz a violência.
Como enfrentar o problema?
Enfrentar o bullying pode ser difícil, mas não é impossível. Não desanime, valorize-se e acredite que tudo será solucionado. É muito importante não sofrer sozinho. O ideal é que compartilhe e solicite apoio, embora muitos acabam tendo vergonha de expor o problema, por isso se faz necessário a atenção dos familiares, profissionais especializados, educadores e amigos.
Como as pessoas próximas podem ajudar?
Levar a sério a questão trazida é o primeiro passo.
Os pais e educadores devem ficar atentos à vítima e ao agressor. Ambos precisam de ajuda e apoio psicológico.
Todos os alunos querem e precisam receber amor.
Cabe à família oferecer proteção e a escola, um
ambiente que propicie o desenvolvimento e segurança.
Vamos unir nossos esforços para combater esse mal.
“Gostaria de enfatizar que falar com alguém de confiança sobre estar sofrendo bullying não é motivo para se envergonhar. Não há necessidade de carregar dentro de si esse tipo de ansiedade. Precisa saber que ser intimidado não é culpa sua. Obviamente, é o valentão quem está totalmente errado”
Dr. Daisaku Ikeda
(Brasil Seikyo, ed. 2.112, 1 jan. 2012, p. B1)
Recomendações aos pais e responsáveis
1 Estejam sempre abertos para ouvir e conversar com os filhos, de forma que eles não se sintam pressionados ou criticados diante de qualquer questão.
2 Atentem às mudanças repentinas de comportamento dos filhos.
3 Expliquem o que é bullying.
4 Ensinem-os a procurar ajuda dos professores e profissionais da escola quando precisarem. Se a situação for relatada, os responsáveis devem procurar a direção da escola e solicitar apoio.
5 Procurem profissionais ou instituições especializadas (psicólogos e psiquiatras).

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