domingo, 22 de janeiro de 2017

Shoten Zenjin - A boa sorte está do seu lado!







A boa sorte está do seu lado!


O budismo explica o conceito de divindades celestiais (shoten zenjin), forças capazes de criar ao seu redor um verdadeiro batalhão de pessoas de sincera benevolência e gratidão que
o protegem nos momentos decisivos




A proteção está mais perto do que você imagina


Ative as divindades celestias por meio de sua convicção. A fé corajosa aciona as funções protetoras capazes de transformar de forma positiva o seu ambiente
“As divindades celestiais e as​ ​divindades​ ​benevolentes assumirão várias​ ​formas, como as de homens e de mulheres,​ ​e farão oferecimentos para ajudar os​ ​praticantes do Sutra do Lótus”
Nichiren Daishonin

Quem são as divindades celestiais?

As divindades celestiais, divindades budistas ou divindades benevolentes (shoten zenjin) descritas no Gohonzon, como Brahma e Shakra, [as divindades do Sol e da Lua] atuam em proteção aos praticantes budistas. O budismo explica que suas funções protetoras podem se manifestar por meio das pessoas. Ou seja, de abstratos, esses atributos se tornam concretos.
Com a fé e a recitação do Nam-myoho-renge-kyo, você incorpora a benevolência e a gratidão, características das divindades celestiais, e cria uma rede de solidariedade e compaixão ao redor.
Por exemplo, diante de uma dificuldade, as pessoas que aparecem para oferecer ajuda não surgem por acaso. Especialmente as que têm no coração benevolência e gratidão são consideradas pela ótica do budismo divindades celestiais e divindades benevolentes. Nichiren Daishonin dizia que “As divindades celestiais e as​ ​divindades​ ​benevolentes assumirão várias​ ​formas, como as de homens e de mulheres,​ ​e farão oferecimentos para ajudar os​ ​praticantes do Sutra do Lótus” (​C​END, v. I, p. ​35).
O presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, explica essa frase no contexto da vida diária: “Definitivamente aparecerão pessoas que nos protegerão quando nos depararmos com problemas e dificuldades” (BS, ed. 1.156, 14 dez. 1991, p. 4).
Nos momentos difíceis de doença, acidente ou mesmo morte de um ente querido, são estas “pessoas” de coragem e benevolência que atuam como divindades budistas para que você não desista e seja capaz de superar o sofrimento e seguir em frente.
Pode parecer estranho afirmar que as divindades celestiais são pessoas, mas, segundo o budismo, a vida humana em cada momento abarca todos os fenômenos e se estende ilimitadamente por todo o universo. O potencial da vida de uma única pessoa é infinito. Por isso, o foco do Budismo de Nichiren Daishonin não está na adoração a deuses ou divindades, e sim na fé de que a vida merece total reverência.

Não é sobrenatural, é energia vital!

No budismo, existem ​divindades internas e externas:
​​Divindades internas são sentimentos; os mais nobres são gratidão e benevolência.
Divindades externas surgem em resposta aos nobres sentimentos que o ser humano nutre em seu coração diante das adversidades.
As divindades externas são divididas em três grupos:
Ações de pessoas próximas: Referem-se à ajuda que recebemos daqueles que reacendem a chama para enfrentarmos os desafios do cotidiano.
Funções da natureza: São os fenômenos naturais que nos protegem e reativam nossa energia vital. O sol de outono, naquela manhã de frio cortante ou mesmo a brisa refrescante do mar, em meio ao calor escaldante.
Fenômenos inexplicáveis: São fatos, condições e situações extraordinárias, apontados popularmente como “coincidências”. Você não consegue explicar, mas sente que foi protegido.
Quando não dá para explicar a razão de um acontecimento, é comum as pessoas atribuírem à ação de deuses ou de forças sobrenaturais.
O problema dessa visão de divindades como entidades externas é separar os fenômenos externos do ser humano. Nesse sentido, a imaginação é usada para alimentar crendices. E na medida que se popularizam essas visões, os seres humanos vão sendo rebaixados a segundo plano.
A questão aqui não é a crença nesta ou naquela entidade, e sim se o ser humano deixa de ser protagonista da própria vida para se tornar coadjuvante.
A proteção externa [ações das pessoas, funções da natureza e fenômenos inexplicáveis] é a energia vital do ser humano; quanto maior a energia, maior a proteção.
Ao ativar sua energia vital com a prática budista é possível transformar a realidade por meio de suas ações. Tudo é oportunidade de manifestar a benevolência, e em gratidão, você cuida das pessoas protegendo-as.

Acreditar em quê?

O primeiro passo é acreditar que tem o potencial do estado de buda, a melhor forma de se autoproteger.
Sabiamente, a fé é convertida em coragem para viver de maneira segura e feliz, conforme ensina Nichiren Daishonin. Acreditar que a vida merece total reverência é a fé do estado de buda que já existe em cada pessoa, e que as desperta para a benevolência e para a gratidão.
Mas a fé não deve ser desviada para algo externo porque transformará o indivíduo num ser dependente e sem confiança. É como se vivêssemos aguardando a vida magicamente mudar sozinha. Isto não é budismo!
Do contrário, reconhecer a existência de uma força maior — a vida que transcende o indivíduo e abarca o universo —, faz surgir dentro de si a esperança e a iniciativa de transformar tudo ao redor.

Acione as divindades celestiais agora!

Questione-se: “Hoje estou mais confiante? Sinto-me revigorado? Tenho vontade de desfrutar a vida?”
Tudo depende de como percebe e experimenta os fatos da vida.
Ter proteção não significa que as coisas darão certo ou errado ou se tal fato deverá ou não acontecer. O coração é o que realmente importa. Precisamente se a sua vontade de viver aumentou ou diminuiu.
Tudo parte do coração e retorna a ele. Mesmo os fenômenos inexplicáveis saem de dentro de você e o influenciam positivamente de volta.
Protegido, você não passa o dia gastando energia; ao contrário, seu ânimo se renova conforme os fatos acontecem. Isso porque, com a sabedoria da fé, você converte todos os acontecimentos em funções protetoras externas.
A primeira oração silenciosa do gongyo realizado pela manhã, na verdade, é a reafirmação da sua fé e a ativação da sabedoria. Esse esforço para aumentar a energia vital faz surgir a força mental e o bem-estar.
A partir dessa sensação boa, tudo no seu dia fluirá num ritmo harmônico. Se acontecerem fatos desagradáveis, seu ânimo não diminuirá, pois compreenderá que os obstáculos surgem naturalmente como consequência do seu avanço.
Os desafios cotidianos despertarão em você coragem e disposição para enfrentá-los. E, no seu coração terá a certeza de que vai vencer. Se no fim do dia se sentir vitorioso, com ânimo e coragem, comemore, afinal acionou as funções protetoras do universo.

Quem pratica o budismo sempre vence

No budismo, é comum afirmar que nas adversidades o que decide a vitória é o sentimento que domina o seu coração. Logo, sentimentos que fortalecem a fé atraem a proteção das divindades budistas, e os que a enfraquecem, não.
Mas, em momentos de dificuldades, pensar em benevolência ou gratidão pode parecer algo inimaginável. E fortalecer a fé quando nada segue como planejado é ainda mais complicado.
A prática budista serve justamente para fortalecer o seu interior e a sua fé, fazendo-o manifestar benevolência, coragem e gratidão no momento crucial.
Isso acontece porque, ao recitar daimoku, você reúne em seu interior os mesmos sentimentos que existem no coração do Buda, que são as funções protetoras do universo, e que agora despertam em sua vida.
Com essa capacidade, é possível perceber os fatos como eles realmente são, e o que era uma dificuldade se transforma em impulso para torná-lo forte e feliz.
Quem pratica o budismo sempre vence e é feliz, porque dentro de si a benevolência e a gratidão criam raízes. Você não é mais refém dos obstáculos.

Boa sorte sem fim

Uma pessoa de forte fé é capaz de ativar as funções protetoras a seu favor, que se manifestam como sabedoria e boa sorte. E essa é a forma de viver que realmente importa no budismo. É manifestar o “grande eu” que supera tudo e brilha.
O presidente Ikeda afirma:
“Nichiren Daishonin e Shakyamuni foram verdadeiros revolucionários, com uma paixão intensamente ardente. Shakyamuni derrubou a concepção prevalecente de que ‘as pessoas existem em benefícios dos deuses’, ensinando que, ao contrário, ‘os deuses existem em benefícios das pessoas’.
As ‘pessoas comuns’ são as mais nobres e respeitáveis. As pessoas comuns que lutam em prol do kosen-rufu são budas. Esse é o segredo do Buda. Foi para ensinar esse ponto fundamental que o Buda apareceu neste mundo” (BS, ed. 1.544, 19 fev. 2000, p. 4).
O segredo do Buda é a fé — o seu poder interior que move todo o universo. O verdadeiro benefício da prática budista é a ativação dessa fé corajosa que desperta gratidão e benevolência em seu coração onde estiver, independentemente do que aconteça.
“As ‘pessoas comuns’ são as mais nobres e respeitáveis. As pessoas comuns que lutam em prol do kosen-rufu são budas. Esse é o segredo do Buda. Foi para ensinar esse ponto fundamental que o Buda apareceu neste mundo”
Dr. Daisaku Ikeda



Fé forte e independente ativa as funções protetoras


Diante dos desafios, seu entusiasmo e decisão de vencer devem ser multiplicados. Não importa quão maravilhoso seja o Gohonzon, se a fé da pessoa é fraca, ela não produzirá benefícios. Abaixo, trechos da Nova Revolução Humana sobre a postura diante da vida

Diante de um desafio, manifeste força interior

Nova Revolução Humana
Shin’ichi Yamamoto discorreu sobre a postura essencial em relação à fé e à prática budista.
– Nichiren Daishonin afirmou claramente que a causa básica da infelicidade, em última análise, reside na calúnia contra a Lei — em outras palavras, contra o Nam-myoho-renge-kyo, a Lei fundamental do universo. Ao mesmo tempo, ensinou que a fé no Nam-myoho-renge-kyo é o caminho direto para a felicidade. Ele inscreveu o Gohonzon como a entidade suprema para extinguir ofensas passadas e estabelecer um estado de felicidade absoluta. Quando dedicamos a nossa vida ao kosen-rufu, com base no Gohonzon, manifestamos infalivelmente aqui e agora o estado de buda. Encontro-me aqui para declarar que , no mundo atual, quem vem ensinando esse caminho e efetuando a prática budista corretamente é a Soka Gakkai.
Ele ressaltou:
– Não importa quão maravilhoso seja o Gohonzon, se a fé da pessoa for fraca, ela não obterá benefícios.
Shin’ichi leu, então, o trecho do Gosho “Quanto mais forte for a fé da pessoa, maior será a proteção das divindades budistas. Isso significa que a proteção das divindades depende da força da fé da pessoa. O Sutra do Lótus é uma espada excelente, mas sua força depende daquele que a empunha” (WND, v. I, p. 953).
– Trata-se de um ensinamento importante, pois ressalta que a força de nossa prática budista é que ativa e extrai os poderes das divindades protetoras. Mesmo que abrace o Gohonzon, as divindades celestiais não nos protegerão se hesitarmos quando surgir um desafio. Por exemplo, existem aqueles que, ao se depararem com uma doença, se deixam abalar, duvidam do Gohonzon e indagam: “Como isso pode estar acontecendo comigo se pratico o budismo?”. Todos os seres humanos, porém, estão sujeitos a adoecer. O propósito do budismo é nos capacitar a enfrentar a doença evocando uma poderosa energia vital, mantendo-nos fiéis e inabaláveis em relação à prática e, desse modo, reunir a força para nos renovarmos e nos revitalizarmos. Nosso objetivo é sermos invencíveis diante de quaisquer situações que a vida possa apresentar.
Shin’ichi destacou a importância da força interior, pois desejava esclarecer que o Budismo Nichiren não consiste em uma “fé dependente”, mas numa filosofia de revolução humana.
Concluindo, citou a passagem do Gosho: “Sem a herança da fé, mesmo o ato de abraçar o Sutra do Lótus será inútil” (CEND, v. I, p. 227). Ele encerrou suas palavras enfatizando que a verdadeira herança da fé existe dentro da Soka Gakkai, que promove o kosen-rufu exatamente como Nichiren Daishonin ensinou.

Líderes, protejam as pessoas e não sejam egoístas

Nova Revolução Humana
Shin’ichi Yamamoto orientou com rigoroso tom de voz o Sr. Genji Samejima, coordenador de Kyushu que iria deixar o cargo:
— Na prática da fé, não são necessários nem heroísmo nem idolatria, nem narcisismo. Se um líder for egocêntrico, ele se desvia da rota da prática da fé e faz coisas arbitrariamente. No fim, incomoda os membros e provoca desordem na organização, tornando-se uma função destrutiva da maldade. Não quero que você seja assim. Espero que, fazendo desta uma boa oportunidade, retorne ao ponto primordial da prática da fé e se dedique ao verdadeiro exercício budista com a decisão de um “soldado raso”. Esta é a chance de corrigir a rota da sua prática da fé.
O presidente continuou:
— O mais importante para um líder é sua forte e concentrada decisão [ichinen] gerar ações com o seguinte pensamento: “Não importa que eu fique enlameado nem que seja humilhado, sem falta protegerei os associados da Gakkai, emissários do Buda, e farei de tudo para que sejam felizes”. Não cabe vaidade, pois não é uma questão de aparência. Desejo que, mais uma vez, com renovada decisão, você percorra toda a organização com a consciência de revitalizar sua prática da fé. Acumule esforços e mais esforços e realize, assim, a sua revolução humana.
[...] Foi em dezembro de 1959, dois anos após o ingresso na Gakkai, que Yoshihara recebera a primeira orientação individual de Shin’ichi Yamamoto. Ele havia se tornado responsável de bloco pela Divisão Masculina de Jovens. [...] Yoshihara, mesmo pensando “Sinto muito tomar o tempo tão atribulado do secretário Yamamoto”, perguntou a Shin’ichi:
— O que se deve fazer quando a prática da fé cai na rotina?
Shin’ichi disse-lhe com convicção:
— É daimoku! Não há outra forma senão recitar daimoku. Quem ora, vence – assim é o budismo. Se tiver alguma preocupação, venha falar comigo novamente.
Essa foi uma orientação concisa, mas Yoshihara sentiu o calor humano do mestre e imediatamente viu brotar em si muita coragem. E determinou não tornar em vão essa orientação.
Nichiren Daishonin diz: “A natureza fundamental da iluminação manifesta-se como as divindades budistas Brahma e Shakra” (GZ, p. 997). Ao recitarmos incessantemente Nam-myoho-renge-kyo, a natureza fundamental da iluminação brilha solenemente em nosso corpo, com uma condição de vida que nos faz vencer em tudo, incorporando as funções de Bonten e Taishaku, que conduzem a si e aos outros à felicidade.
A pessoa que recita daimoku é forte.
“Nós somos agora pessoas comuns. Mas, ao manifestarmos o poder benéfico do daimoku, assumimos a forma de um buda” – este foi o brado corajoso do falecido mestre, Josei Toda.

2 comentários:

  1. Excelente comentário acima sobre o Budismo de Nichiren Daishonin, explicações que já me acompanhavam ao longo da minha vida, porém, contribuiu ainda mais com as minhas convicções.
    Meus agradecimentos a todos!

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