domingo, 22 de janeiro de 2017

Desejos mundanos são iluminação









Não jogue a toalha


Se a situação está difícil,
é porque a mudança
está muito próxima.
Não desista,
não jogue a toalha!
O budismo ensina o princípio “desejos mundanos são iluminação”, segundo o qual é possível desenvolver uma força mental tão intensa que as dificuldades [desejos mundanos] são encaradas com alegria [iluminação]. Os desafios tornam-se lenha para a felicidade. O sofrimento é, portanto, a prova de que a noite está para amanhecer.



Acredite! Dificuldade é avanço e desejo mundano é iluminação


O budismo ensina como converter imediatamente o maior sofrimento em grande alegria. O que garante isso é o princípio “desejos mundanos são iluminação”.
Vamos iniciar com um exercício de imaginação: suponha que tudo o que faz sofrer são lenhas. Algumas pequenas, outras enormes; algumas recentes, outras antigas. Agora, imagine queimá-las, todas, numa enorme fogueira. A luz e o calor dessa fogueira seriam enormes; para alguns alcançariam as nuvens. Quanto maior o problema, maior a chama. Agora, suponha que essa chama seja a alegria de viver: quanto mais problemas e desafios, maior é seu entusiasmo para enfrentá-los e transformá-los.
“Desejos mundanos são iluminação” é um princípio budista que, quando posto em prática, “queima” os desejos que antes provocavam angústia e os converte em alegria, esperança, coragem, ou seja, em iluminação.
Queime as lenhas
Desejos e vontades não realizados causam angústia, ansiedade, sensação de derrota e medo. Já os desejos realizados são a própria alegria de viver. A genialidade do Budismo de Nichiren Daishonin está em manter o foco em nossa mente e não na situação externa. Ao recitar Nam-myoho-renge-kyo decidido a vencer, a própria energia vital da recitação e da fé transformam imediatamente a forma de experimentar os problemas. Emergem entusiasmo, sabedoria, força, coragem, boa sorte e esperança. Com toda essa energia, você luta e muda a situação com maestria e, melhor de tudo, ainda inspira outras pessoas. Essa mudança se chama revolução humana.
Tal forma empolgante de viver ensinada na SGI começa com grande energia mental que faz você não se abalar diante de desafios mas encará-los com firmeza e com a certeza de que eles não são ruins, são lenhas que serão queimadas aqui e agora.

Bem-estar físico e mental

Estado de buda não exclui os desejos mundanos. Um buda os transforma em valor, energia vital e transformação social. Toda pessoa consegue manifestar essa condição e desfrutar felicidade e paz interior enfrentando os desafios da vida diária.
O segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, disse certa vez:
“Os princípios ‘desejos mundanos são iluminação’ e ‘os sofrimentos do nascimento e da morte são nirvana’ descrevem uma vida em que desfrutamos felicidade e paz interior, enquanto experimentamos os desejos mundanos tal como eles são. A iluminação não é algo fora do comum. Por possuirmos desejos mundanos, sentimos satisfação. E, quando estamos satisfeitos, sentimos felicidade. Despertar todas as manhãs com a sensação de bem-estar físico, ter bom apetite, desfrutar o que fazemos diariamente, não sentir angústia ou aflição… Viver desse modo é iluminação. Não é nada excepcional. Dessa forma, não devemos interpretar mal o princípio ‘desejos mundanos são iluminação’, deduzindo que nos tornaremos seres especiais.” (Terceira Civilização, ed. 480, ago. 2008, p. 48)
Ser exatamente como você é significa revolucionar o caráter sem perder a individualidade. É cultivar um forte eu por meio do Nam-myoho-renge-kyo. Por exemplo, ao ativar a sabedoria e resolver um problema, você sente alegria, fica satisfeito. Uma poderosa energia vital transborda e, então, avalia que obstáculos são iluminação.
O budismo transforma a vida de forma efetiva. É o poder da Lei Mística que faz compreender que, mesmo imerso na pior dificuldade, possui a força interior para vencer. E quando você descobre essa força em si mesmo, sente enorme alegria. Sofrimentos são, na verdade, força para mudar a vida para melhor. Essa postura se traduz numa fonte inesgotável de encorajamento para si e para as outras pessoas.

Caráter cada vez mais sólido

O Budismo de Nichiren Daishonin é revolucionário porque ensina que a partir do sofrimento podemos construir uma vida plena, feliz; que até mesmo as aflições, quando iluminadas pelo Nam-myoho-renge-kyo, são alegria. Isso porque temos a Lei Mística como meio para fazer surgir o poder nosso ilimitado.
Tudo parte de nós mesmos, da nossa revolução humana, tal como encoraja o presidente Ikeda: “É como se Daishonin dissesse: ‘Tomem consciência do imenso poder que possuem! Recitem daimoku com a firme convicção de que edificarão uma vida esplêndida, de grande satisfação! Essa é a verdadeira herança!’” É a fé convicta no Gohonzon que ativa esse estado de vida inabalável. É cultivar essa fé e se empenhar a cada instante, dia após dia, com o espírito alegre e corajoso. Só assim, é possível mudar a vida no nível mais profundo. O estado de vida que se obtém por meio da fé possibilita compreender que os desejos mundanos são a própria iluminação.
Recitar Nam-myoho-renge-kyo com a disposição de que a sua fé continuará sempre imutável é a fonte de todos os benefícios: “Isso equivale a atingir o estado de buda na forma que se apresenta”, explica o presidente Ikeda. Ele continua: “Por meio da recitação do Nam-myoho-renge-kyo, vocês transformam preocupações e inquietações em combustível que irá impulsioná-los a avançar ainda mais – poderão transformá-las em energia vital, boa sorte e desenvolver um caráter mais forte e sólido”.

Os desejos mundanos contém enorme energia vital

Qualquer dificuldade pode ser trampolim para uma grande conquista e, acreditando nisto, não há o que temer. Você encara cada experiência com tranquilidade e com a consciência de que já venceu.
A prática budista capacita as pessoas a viver com esta convicção, convertendo angústias e aflições [desejos mundanos] em esperança pela vitória, júbilo, autoconfiança [iluminação].
O presidente Ikeda complementa: “Nossos desejos mundanos, de fato, contêm a iluminação”. Isso quer dizer que todas as situações adversas carregam a energia do estado de buda. Quanto mais dificuldades, maiores as chances de construir uma vida significativa.
O budismo é a filosofia da esperança e existe para conduzirmos uma existência livre de sofrimentos. Por esse motivo não há obstáculo que não possa ser superado por meio da fé.
“Se praticarmos a Lei Mística e agirmos com coragem, surgirá em nós a força vital do estado de buda, que nos permite superar todos os tipos de dificuldades. Se tivermos uma esperança que brilhe mesmo diante dos reveses, essa foça vital jamais se extinguirá”, finaliza o presidente Ikeda.

Transforme a forma de encarar a vida

MANEIRA CONVENCIONAL
Desejos mundanos, desafios e problemas = Angústia e sofrimento
PRATICANDO O BUDISMO
Desejos mundanos, desafios e problemas = Iluminação
Os sofrimentos são a prova de que a situação vai mudar. Desejos mundanos tornam-se combustível para a felicidade.
“Por meio da recitação do Nam-myoho-renge-kyo, vocês transformam preocupações e inquietações em combustível que irá impulsioná-los a avançar ainda mais – poderão transformá-las em energia vital, boa sorte e desenvolver um caráter mais forte e sólido”
Dr. Daisaku Ikeda


Transformar a pobreza por meio da prática budista


Num trecho do diálogo entre o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda e líderes do Departamento de Estudo do Budismo da Soka Gakkai do Japão, Katsuji Saito, Takanori Endo e Haruo Suda, publicado no livro Sabedoria do Sutra de Lótus, é relatada a emocionante história de uma família que, imersa na pobreza, iniciou a prática budista e passou a considerar a situação com alegria e como mola propulsora da felicidade
SAITO: Soube da seguinte história de um casal que completou seu quadragésimo aniversário de prática do Budismo de Nichiren Daishonin.
Quando começaram a praticar (em 1956), eles eram incrivelmente pobres. Para fazerem a costumeira contribuição para receber o Gohonzon, tiveram de penhorar algumas roupas de seus filhos. Após entrarem para Soka Gakkai, receberam a orientação de que concretizando shakubuku eles acumulariam boa sorte. O casal, entusiasticamente, passou a apresentar o budismo a outras pessoas, inclusive a seus irmãos e parentes.
Inicialmente, eles supuseram que quando as pessoas ouvissem o que tinham a dizer, também começariam a praticar com alegria, mas acontecia justamente o contrário. As pessoas romperam relações com eles. Depois, o casal decidiu visitar pobres ou doentes, como eles próprios, para falar sobre o budismo. Mas, mesmo nas residências dessas pessoas, por várias vezes lhes atiravam sal (um gesto que significa “vá embora!”) ou jogavam água neles.
Eles eram uma família de cinco pessoas que viviam num pequeno cômodo alugado de uma casa. Porém, quando o proprietário descobriu que eram membros da Soka Gakkai, foram forçados a sair. Além de tudo isso, o casal sofria de cegueira noturna, provavelmente porque passava fome para poder alimentar os filhos.
ENDO: Cegueira noturna é um sintoma típico de desnutrição.
SAITO: Certa vez, após visitar um amigo para conversar sobre o budismo, a mãe voltou para casa sob forte chuva, carregando um filho nas costas e outro nos braços. Um motorista de ônibus gentilmente parou o veículo para eles subirem, embora não estivessem no ponto de ônibus, mas não puderam embarcar porque não tinham dinheiro para a passagem. Eles tiveram de andar mais de uma hora debaixo da chuva. Enquanto recitavam daimoku, a mãe pensava “um dia ainda voltarei de táxi para casa”.
SUDA: Ela deve ter sentido um desgosto muito grande por não poder aceitar a gentileza do motorista.
SAITO: O casal prosseguiu em seus esforços e conseguiu concretizar mais de 100 shakubuku. Um líder havia lhes dito que quanto maiores os sofrimentos das pessoas, maiores os benefícios que receberiam por meio da fé na Lei Mística. Não importando a pobreza, eles sempre se empenhavam ao máximo na fé. Como resultado, ficaram ricos. Abriram uma loja de alimentos com uma pequena quantia que haviam economizado e começaram a prosperar. Esse benefício os encheu de gratidão, o que os possibilitou a receber benefícios ainda maiores. Nesse sentido, a vida do casal desenvolveu-se rapidamente.
Hoje, além de administrarem suas próprias lojas, possuem uma enorme fábrica que distribui alimentos para todo o país. Eles relataram que possuem uma clientela de mais de 3.600 famílias e recebem novos pedidos diariamente. Construíram ampla residência com o forte desejo de usarem-na como local para reuniões de distrito. O espaço possui um estacionamento para sessenta carros e na frente está hasteada a bandeira da Soka Gakkai.
ENDO: Que magnífica prova real.
SAITO: “Nada é mais prazeroso do que as atividades da Gakkai!”– dizem eles com toda sinceridade. Houve um período em que não podiam fazer muitas atividades porque haviam sido encorajados a superarem suas dificuldades econômicas. Dessa época, eles comentam: “Nada foi mais doloroso. Trabalhar pelo kosen-rufu tem sido a nossa maior alegria.” Quando sacerdotes conspiradores da seita Nikken, atraídos pela riqueza do casal, aproximaram-se deles e tentaram incitá-los a abandonar a Soka Gakkai, eles firmemente refutaram: “Nós estamos ótimos!” Os sacerdotes não tiveram chance. “Continua­remos a avançar junto com a Soka Gakkai e o presidente Ikeda”.
SUDA: As atividades da Soka Gakkai têm como base o princípio de que “encontrar dificuldades é a própria paz”.
PRES. IKEDA: Conheço muito bem esse casal. Jamais me esquecerei daqueles que se empenham nos bastidores para apoiar a Soka Gakkai. Essas pessoas não se sobressaem no palco nem ocupam alta posição social. No entanto, mesmo passando por dificuldades particulares, apoiam silenciosamente a Soka Gakkai e, se empenham sinceramente pelo kosen-rufu e pelos seus companheiros. Vistos da perspectiva do budismo, ninguém é mais digno de respeito do que essas pessoas.
Desejo percorrer o mundo em busca dessas pessoas e dar-lhes o devido reconhecimento por seus esforços. Esses são os meus sinceros sentimentos.
Gostaria que as pessoas dissessem “Sou tão feliz por ser membro da SGI”, “Sou feliz por me empenhar tanto”! Este é o mundo da fé que quero criar. Embora tenhamos o princípio budista de que encontrar dificuldades é viver pacificamente, a menos que os líderes tenham o espírito de guiar todos os membros para atingir infalivelmente um estado de paz e felicidade, tudo isso não passará de teoria.
Desde a minha juventude tenho orado constantemente para desbravar um caminho de ilimitada esperança para a Soka Gakkai e para todos os membros.
Propague a Lei com sabedoria e com o espírito de não poupar a vida. Aquele que lê o Sutra do Lótus estará em qualquer ocasião livre de preocupações e ansiedades; e igualmente livre de doença e dor, e sua expressão será vigorosa e radiante.

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