O estabelecimento do ensino correto para a paz da nação e o Kossen-rufu
Esses dois temas, apesar de distintos, são tão interligados que seus conceitos se complementam. O objetivo da prática budista é possibilitar às pessoas atingir a iluminação e conquistar a felicidade individual e coletiva. O Buda Nitiren Daishonin expôs o “Estabelecimento do ensino correto para a paz da nação” (Rissho Ankoku) e a “Propagação Mundial do Budismo” (Kossen-rufu) como princípios que direcionam a prática budista para a realização desse objetivo.
Estabelecimento do ensino correto
para a paz da nação
O Budismo Nitiren é o ensino que capacita o ser humano a transformar a condição de vida interior para alcançar a felicidade absoluta na presente existência. Ao mesmo tempo, busca o estabelecimento da paz social por meio da reforma da vida de cada cidadão. Daishonin expôs o princípio da realização da paz no Rissho Ankoku Ron.
Essa tese de Daishonin foi enviada em 16 de julho de 1260 ao regente aposentado. Hojo Tokiyori, pessoa de grande influência no governo japonês na época.
Literalmente, Rissho significa “estabelecer o ensino correto” ou “estabelecer a verdade”, indicando a própria propagação do Budismo de Nitiren Daishonin. Em outras palavras, “estabelecer a verdade” corresponde à conscientização das pessoas sobre a dignidade e o respeito ao ser humano, estabelecendo esses fundamentos como princípios básicos da sociedade. O seu objetivo é o Ankoku, cujo significado literal é a “paz da nação”, isto é, a paz e a prosperidade da sociedade. Portanto, Rissho Ankoku significa “estabelecer a verdade ou o ensino correto visando a paz da nação”.
Essa tese foi escrita por Nitiren Daishonin visando a realização da paz da nação japonesa daquela época. Observa-se que o espírito básico que norteia todo o seu conteúdo é o da promoção do bem-estar da população. Assim, os princípios revelados nessa tese são válidos para a realização da paz do mundo e a felicidade das pessoas, não somente no contexto da época em que foi escrita, mas também para os dias atuais e todo o futuro.
Por outro lado, Nitiren Daishonin envia a tese às autoridades com o intuito de admoestá-las e levá-las a buscar soluções para os sofrimentos da população indicando que os praticantes do budismo não devem orar apenas pela iluminação individual, mas atuar também pelo bem-estar da sociedade com base nos princípios budistas. Portanto, fechar os olhos para os problemas sociais e se isolar no mundo da crença não é a atitude correta dos praticantes do Budismo Nitiren.
No dias atuais, a Soka Gakkai Internacional (SGI) tem contribuído para a solução de questões globais promovendo o movimento de paz, cultura, educação, meio ambiente e direitos humanos como atuação inspirada no espírito e nos princípios revelados na “Tese sobre o estabelecimento do ensino correto para a paz da nação”.
O estabelecimento do ensino correto para a paz da nação e o Kossen-rufu
Parte 2
O objetivo da propagação do budismo é o de capacitar as pessoas a revelar o potencial de Buda na própria vida.
No Sutra de Lótus, consta: “No quinto período de quinhentos anos após minha morte, realize o Kossen-rufu mundial e jamais permita que seu fluxo cesse”. Esta frase prediz que, no “quinto período de quinhentos anos” após a morte do Buda Sakyamuni, isto é, na era dos Últimos Dias, a Lei Mística será propagada pelo mundo inteiro.
O Sutra de Lótus descreve também que a missão de realizar a propagação mundial do budismo foi delegada para os Bodhisattvas da Terra — discípulos de Sakyamuni desde o remoto passado que surgem em suas respectivas terras para cumprir essa missão.
De acordo com o Sutra de Lótus, o Buda Nitiren Daishonin surgiu na era dos Últimos Dias da Lei para promover a propagação do Nam-myoho-rengue-kyo, pela qual arriscou a própria vida em diversas perseguições.
Daishonin afirma que “O grande propósito não é senão a propagação do Sutra de Lótus” (Gosho Zenshu, pág. 736) e “Se a benevolência de Nitiren for realmente grande e abrangente, o Nam-myoho-rengue-kyo propagar-se-á por dez mil anos e mais, por toda a eternidade, pois esta [a benevolência de Nitiren em propagar o Nam-myoho-rengue-kyo] possui o poder benéfico de abrir os olhos cegos de todos os seres vivos do Japão e de bloquear a estrada que leva ao inferno de incessante sofrimento”. (Os Escritos de Nitiren Daishonin, vol. 4, pág. 91.)
De acordo com essas frases, o espírito de Daishonin é o de promover a propagação mundial do budismo. Ele também afirma: “Se tiver a mesma mente que Nitiren, com certeza, o senhor deve ser um Bodhisattva da Terra”. Conforme essa frase, a SGI é uma instituição de Bodhisattvas da Terra que assumiram a missão de promover a propagação mundial do budismo. Em outras palavras, por herdar corretamente o espírito de Daishonin, a SGI pode propagar a Lei Mística em escala mundial.
Literalmente, Kossen-rufu significa “declarar e propagar amplamente o ensino”. Kossen quer dizer “propagar e transmitir amplamente” os princípios filosóficos de um ensino às pessoas, e rufu significa tornar o ensino amplamente conhecido na sociedade. O caractere ru (fluxo) de rufu significa “uma corrente como a de um grande rio”, e fu (tecido) é “espalhar-se como um rolo de tecido”. O ensino da Lei Mística não tem nada a ver com formalidades ou misticismos. Ele flui livremente para toda a humanidade. Como um rolo de tecido sendo desenrolado, espalha-se cobrindo tudo ao seu redor, ou seja, rufu indica a prática do budismo pelas pessoas que o conheceram. Kossen é a ação de propagar o ensino, e rufu, o seu resultado. Portanto, no Budismo Nitiren, o Kossen-rufu é o movimento para transmitir o ensino supremo que conduz as pessoas de todas as classes e nações à felicidade e, portanto, o mais elevado princípio da paz embasado em uma correta filosofia e capaz de proporcionar verdadeiros e duradouros benefícios na vida diária.
No Sutra de Lótus, consta: “No quinto período de quinhentos anos após minha morte, realize o Kossen-rufu mundial e jamais permita que seu fluxo cesse”. Esta frase prediz que, no “quinto período de quinhentos anos” após a morte do Buda Sakyamuni, isto é, na era dos Últimos Dias, a Lei Mística será propagada pelo mundo inteiro.
O Sutra de Lótus descreve também que a missão de realizar a propagação mundial do budismo foi delegada para os Bodhisattvas da Terra — discípulos de Sakyamuni desde o remoto passado que surgem em suas respectivas terras para cumprir essa missão.
De acordo com o Sutra de Lótus, o Buda Nitiren Daishonin surgiu na era dos Últimos Dias da Lei para promover a propagação do Nam-myoho-rengue-kyo, pela qual arriscou a própria vida em diversas perseguições.
Daishonin afirma que “O grande propósito não é senão a propagação do Sutra de Lótus” (Gosho Zenshu, pág. 736) e “Se a benevolência de Nitiren for realmente grande e abrangente, o Nam-myoho-rengue-kyo propagar-se-á por dez mil anos e mais, por toda a eternidade, pois esta [a benevolência de Nitiren em propagar o Nam-myoho-rengue-kyo] possui o poder benéfico de abrir os olhos cegos de todos os seres vivos do Japão e de bloquear a estrada que leva ao inferno de incessante sofrimento”. (Os Escritos de Nitiren Daishonin, vol. 4, pág. 91.)
De acordo com essas frases, o espírito de Daishonin é o de promover a propagação mundial do budismo. Ele também afirma: “Se tiver a mesma mente que Nitiren, com certeza, o senhor deve ser um Bodhisattva da Terra”. Conforme essa frase, a SGI é uma instituição de Bodhisattvas da Terra que assumiram a missão de promover a propagação mundial do budismo. Em outras palavras, por herdar corretamente o espírito de Daishonin, a SGI pode propagar a Lei Mística em escala mundial.
Literalmente, Kossen-rufu significa “declarar e propagar amplamente o ensino”. Kossen quer dizer “propagar e transmitir amplamente” os princípios filosóficos de um ensino às pessoas, e rufu significa tornar o ensino amplamente conhecido na sociedade. O caractere ru (fluxo) de rufu significa “uma corrente como a de um grande rio”, e fu (tecido) é “espalhar-se como um rolo de tecido”. O ensino da Lei Mística não tem nada a ver com formalidades ou misticismos. Ele flui livremente para toda a humanidade. Como um rolo de tecido sendo desenrolado, espalha-se cobrindo tudo ao seu redor, ou seja, rufu indica a prática do budismo pelas pessoas que o conheceram. Kossen é a ação de propagar o ensino, e rufu, o seu resultado. Portanto, no Budismo Nitiren, o Kossen-rufu é o movimento para transmitir o ensino supremo que conduz as pessoas de todas as classes e nações à felicidade e, portanto, o mais elevado princípio da paz embasado em uma correta filosofia e capaz de proporcionar verdadeiros e duradouros benefícios na vida diária.
O estabelecimento do ensino correto para a paz da nação e o Kossen-rufu
Parte 3
O movimento de propagação da SGI ao qual nos dedicamos não se trata meramente de mais uma opção de escolha religiosa. Trata-se, na verdade, de uma dedicação de pessoa a pessoa, de vida a vida, para abrirmos o caminho da revolução humana de cada uma.
O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, afirma: “Assim como um tecido, o Kossen-rufu é produzido com linhas verticais e horizontais. As linhas verticais representam a transmissão do ensino de mestre para discípulo, de pai para filho, de veterano para novato. As linhas horizontais representam a transmissão imparcial desse ensino, transcendendo as fronteiras nacionais, as classes sociais e todas as outras distinções”. (Brasil Seikyo, edição no 1.496, 20 de fevereiro de 1999, pág. 4.)
Ele afirma que o Kossen-rufu não é um mero slogan. Palavras, por mais alto que sejam proferidas, não terão nenhum significado a menos que tenhamos uma ação concreta. Se não colocarmos o Kossen-rufu em ação, não conseguiremos transmitir às futuras gerações o grande caminho que Nitiren Daishonin abriu para a suprema felicidade.
Desafiar as circunstâncias para concretizar o Kossen-rufu nos possibilita transformar nosso carma negativo e receber imensuráveis benefícios. Portanto, quando nos empenhamos seriamente nas atividades da SGI, todos os desejos pessoais são concretizados naturalmente.
Em diversos escritos, Nitiren Daishonin enfatiza a importância da dedicação em prol do Kossen-rufu, como consta nas frases: “Se o senhor acende uma lanterna para os outros, esta também iluminará seu caminho” (Gosho Zenshu, pág. 1.598) e “Pequenos riachos se juntam e formam o grande oceano, e minúsculas partículas de poeira se acumulam para constituir o Monte Sumeru. Quando eu, Nitiren, inicialmente abracei a fé no Sutra de Lótus, era como uma única gota d’água ou uma única partícula de pó em todo o Japão. Porém, posteriormente, quando duas pessoas, três, dez e, eventualmente, dez bilhões de pessoas vierem a recitar o Sutra de Lótus e transmiti-lo aos outros, então elas formarão um Monte Sumeru de maravilhosa iluminação, um grande oceano de nirvana! Não busque nenhum outro caminho para atingir o estado de Buda!” (As Escrituras de Nitiren Daishonin [END], vol. 3, págs. 82-83.)
Daishonin também afirma: “Virá o tempo em que todas as pessoas, inclusive aquelas de Erudição, Absorção e Bodhisattva, entrarão no caminho para o estado de Buda, e a Lei Mística florescerá por toda a terra. Nesse tempo, pelo fato de todas as pessoas recitarem o Nam-myoho-rengue-kyo juntas, o vento não fustigará os galhos ou ramos, nem a chuva cairá torrencialmente a ponto de cavar o solo. O mundo tornar-se-á como nas épocas de Fu Hsi e Shen Nung na China antiga. Os desastres serão expelidos da terra e as pessoas se livrarão do infortúnio. Elas também aprenderão a arte de viver longa e plenamente”. (END, vol. 3, pág. 149.)
Assim, como praticantes do Budismo Nitiren, é fundamental dedicarmo-nos ao Kossen-rufu com a convicção de que as grandes transformações que o mundo hoje tanto necessita encontram-se nessa batalha.
Percebe-se que o espírito de Rissho Ankoku é a própria essência do Kossen-rufu.
O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, afirma: “Assim como um tecido, o Kossen-rufu é produzido com linhas verticais e horizontais. As linhas verticais representam a transmissão do ensino de mestre para discípulo, de pai para filho, de veterano para novato. As linhas horizontais representam a transmissão imparcial desse ensino, transcendendo as fronteiras nacionais, as classes sociais e todas as outras distinções”. (Brasil Seikyo, edição no 1.496, 20 de fevereiro de 1999, pág. 4.)
Ele afirma que o Kossen-rufu não é um mero slogan. Palavras, por mais alto que sejam proferidas, não terão nenhum significado a menos que tenhamos uma ação concreta. Se não colocarmos o Kossen-rufu em ação, não conseguiremos transmitir às futuras gerações o grande caminho que Nitiren Daishonin abriu para a suprema felicidade.
Desafiar as circunstâncias para concretizar o Kossen-rufu nos possibilita transformar nosso carma negativo e receber imensuráveis benefícios. Portanto, quando nos empenhamos seriamente nas atividades da SGI, todos os desejos pessoais são concretizados naturalmente.
Em diversos escritos, Nitiren Daishonin enfatiza a importância da dedicação em prol do Kossen-rufu, como consta nas frases: “Se o senhor acende uma lanterna para os outros, esta também iluminará seu caminho” (Gosho Zenshu, pág. 1.598) e “Pequenos riachos se juntam e formam o grande oceano, e minúsculas partículas de poeira se acumulam para constituir o Monte Sumeru. Quando eu, Nitiren, inicialmente abracei a fé no Sutra de Lótus, era como uma única gota d’água ou uma única partícula de pó em todo o Japão. Porém, posteriormente, quando duas pessoas, três, dez e, eventualmente, dez bilhões de pessoas vierem a recitar o Sutra de Lótus e transmiti-lo aos outros, então elas formarão um Monte Sumeru de maravilhosa iluminação, um grande oceano de nirvana! Não busque nenhum outro caminho para atingir o estado de Buda!” (As Escrituras de Nitiren Daishonin [END], vol. 3, págs. 82-83.)
Daishonin também afirma: “Virá o tempo em que todas as pessoas, inclusive aquelas de Erudição, Absorção e Bodhisattva, entrarão no caminho para o estado de Buda, e a Lei Mística florescerá por toda a terra. Nesse tempo, pelo fato de todas as pessoas recitarem o Nam-myoho-rengue-kyo juntas, o vento não fustigará os galhos ou ramos, nem a chuva cairá torrencialmente a ponto de cavar o solo. O mundo tornar-se-á como nas épocas de Fu Hsi e Shen Nung na China antiga. Os desastres serão expelidos da terra e as pessoas se livrarão do infortúnio. Elas também aprenderão a arte de viver longa e plenamente”. (END, vol. 3, pág. 149.)
Assim, como praticantes do Budismo Nitiren, é fundamental dedicarmo-nos ao Kossen-rufu com a convicção de que as grandes transformações que o mundo hoje tanto necessita encontram-se nessa batalha.
Percebe-se que o espírito de Rissho Ankoku é a própria essência do Kossen-rufu.
O estabelecimento do ensino correto para a paz da nação e o Kossen-rufu
Parte 4
Na época de Nitiren Daishonin, o povo japonês enfrentava diversas dificuldades, miséria, fome, doenças, epidemias sem controle, além de desastres naturais como terremotos, inundações, secas prolongadas, maremotos etc. Preocupado em como amenizar esses sofrimentos, ele estudou profundamente todos o ensinos do Buda Sakyamuni durante anos, o que resultou na elaboração de seu mais importante escrito, a “Tese sobre o Estabelecimento do Ensino Correto para a Paz da Nação” (Risho Ankoku Ron). Nela, Daishonin esclarece que as causas dos sofrimentos do povo são decorrentes de ensinos que contradizem a Lei Universal.
Sobre isso, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, escreveu: “Na ideologia da Nembutsu, que classifica o mundo como ‘terra impura’, as pessoas não conseguem visualizar nenhuma esperança nesta existência, tornam-se pessimistas e apáticas. Além disso, ensinar que após a morte alcança-se o ‘Paraíso da Terra Pura’, que fica no ‘distante horizonte’, desvia as pessoas da realidade, conduzindo-as para a fuga e a resignação, podendo mesmo incentivar o suicídio. Dessa condição jamais poderá surgir o ânimo e a vivacidade em busca do aperfeiçoamento como ser humano, muito menos a força para a edificação da sociedade.
“Nitiren Daishonin tentou reformar o modo de vida da classe social que detinha maior influência no poder por meio de sua tese. Declarou que a seita Nembutsu era a fonte maligna da infelicidade e admoestou os governantes a abraçarem o Budismo Nitiren.
“A religião muda a concepção das pessoas, transforma seu espírito e modifica a essência de sua vida. De acordo com o ensino religioso, as pessoas tornam-se fortes ou fracas, estúpidas ou sábias, assim como construtivas ou destrutivas. Se o âmago do ser humano, que é o sujeito da criatividade, transformar-se, a sociedade e o meio ambiente também alcançarão uma ampla reforma. Este é o princípio exposto no Rissho Ankoku Ron”. (Nova Revolução Humana, vol. 2, pág. 31.)
É exatamente neste espírito em que se embasa a grande correnteza do Kossen-rufu. O presidente Tsunessaburo Makiguti utilizou esse termo pela primeira vez em uma audiência pública na época em que a Soka Kyoiku Gakkai (predecessora da Soka Gakkai) estava sendo violentamente atacada pelas autoridades. Arrastado pela insanidade do nacionalismo, o Japão havia se lançado na Segunda Guerra Mundial, controlando as pessoas com o regime militar. Nessa época em que o clero da Nitiren Shoshu havia distorcido e perdido completamente o espírito do Kossen-rufu, Makiguti, com mais de 70 anos de idade, realizou mais de 240 reuniões de diálogo [no período entre maio de 1941 a junho de 1943] e partiu sozinho em viagens por todo o país, convertendo mais de quinhentas pessoas ao Budismo Nitiren [entre 1930, ano da fundação da Soka Kyoiku Gakkai, e julho de 1943, quando foi preso].
Sobre isso, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, escreveu: “Na ideologia da Nembutsu, que classifica o mundo como ‘terra impura’, as pessoas não conseguem visualizar nenhuma esperança nesta existência, tornam-se pessimistas e apáticas. Além disso, ensinar que após a morte alcança-se o ‘Paraíso da Terra Pura’, que fica no ‘distante horizonte’, desvia as pessoas da realidade, conduzindo-as para a fuga e a resignação, podendo mesmo incentivar o suicídio. Dessa condição jamais poderá surgir o ânimo e a vivacidade em busca do aperfeiçoamento como ser humano, muito menos a força para a edificação da sociedade.
“Nitiren Daishonin tentou reformar o modo de vida da classe social que detinha maior influência no poder por meio de sua tese. Declarou que a seita Nembutsu era a fonte maligna da infelicidade e admoestou os governantes a abraçarem o Budismo Nitiren.
“A religião muda a concepção das pessoas, transforma seu espírito e modifica a essência de sua vida. De acordo com o ensino religioso, as pessoas tornam-se fortes ou fracas, estúpidas ou sábias, assim como construtivas ou destrutivas. Se o âmago do ser humano, que é o sujeito da criatividade, transformar-se, a sociedade e o meio ambiente também alcançarão uma ampla reforma. Este é o princípio exposto no Rissho Ankoku Ron”. (Nova Revolução Humana, vol. 2, pág. 31.)
É exatamente neste espírito em que se embasa a grande correnteza do Kossen-rufu. O presidente Tsunessaburo Makiguti utilizou esse termo pela primeira vez em uma audiência pública na época em que a Soka Kyoiku Gakkai (predecessora da Soka Gakkai) estava sendo violentamente atacada pelas autoridades. Arrastado pela insanidade do nacionalismo, o Japão havia se lançado na Segunda Guerra Mundial, controlando as pessoas com o regime militar. Nessa época em que o clero da Nitiren Shoshu havia distorcido e perdido completamente o espírito do Kossen-rufu, Makiguti, com mais de 70 anos de idade, realizou mais de 240 reuniões de diálogo [no período entre maio de 1941 a junho de 1943] e partiu sozinho em viagens por todo o país, convertendo mais de quinhentas pessoas ao Budismo Nitiren [entre 1930, ano da fundação da Soka Kyoiku Gakkai, e julho de 1943, quando foi preso].
O estabelecimento do ensino correto para a paz da nação e o Kossen-rufu
Parte 5
A missão da Soka Gakkai é oferecer soluções aos sofrimentos da vida das pessoas com base nos ensinamentos do Budismo Nitiren. Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo japonês, na iminência de ser derrotado, tentou unificar todas as religiões existentes ao xintoísmo, acreditando que dessa forma obteria a proteção da Deusa do Sol.
Observando essa atitude arbitrária, o presidente fundador da Soka Gakkai, Tsunessaburo Makiguti, opôs-se firmemente ao governo. Ele afirmava que a nação seria destruída se continuasse a menosprezar o Sutra de Lótus. A convicção de Makiguti em defender a liberdade religiosa o levou à prisão, onde acabou falecendo em 18 de novembro de 1944, aos 73 anos. Seu discípulo, Jossei Toda, que também fora aprisionado, foi libertado em 3 de julho de 1945. Com a saúde totalmente debilitada, Toda iniciou a árdua tarefa da reconstrução da organização. No romance Nova Revolução Humana, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, descreve a decisão de Jossei Toda: “O maior desejo de Jossei Toda, que se levantou sozinho no campo devastado pela guerra erguendo o estandarte do Kossen-rufu, era banhar a vida do povo, imerso no desespero e na miséria, com a luz da paz e da felicidade”. (Vol. 4, pág. 157.)
Mais tarde, já como presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda iniciou um extraordinário movimento de propagação do budismo e, em 1957, menos de sete anos após, o número de associados ultrapassou a marca de 765 mil famílias. No dia 8 de setembro desse mesmo ano, a Divisão dos Jovens da Soka Gakkai realizou o “Festival da Juventude”, ocasião em que Jossei Toda proferiu sua famosa “Declaração pela Abolição das Armas Nucleares” para as 50 mil pessoas presentes no Estádio Esportivo de Mitsuzawa, e a deixou como principal testamento aos jovens.
Após o falecimento de Toda, a Soka Gakkai se expandiu para o mundo sob a liderança do terceiro presidente Daisaku Ikeda, que transpôs inúmeras barreiras, e concretizou os desejos de seu mestre, edificando uma organização forte que se orgulha de sua rica história.
O objetivo fundamental da concretização da paz e da felicidade para todas as pessoas é a missão Soka e também o juramento compartilhado entre mestre e discípulo. O presidente Ikeda cita três pontos importantes para derrubar as barreiras que se criam entre as pessoas. A primeira é a oração pela segurança e prosperidade da comunidade. Quando valorizamos as relações com os vizinhos e oramos por sua saúde e felicidade, deixamos espaço para a comunicação genuína, o que nos permite abrir o coração para as pessoas. O segundo ponto é a atitude amável e atenciosa. Segundo ele, a chave está em sempre se manter aberto e receptivo e interagir com os vizinhos de forma muito tranquila e natural. O terceiro ponto é criar uma bela rede fundamentada nos laços de respeito e apoio mútuos, pois nos tornamos vizinhos por possuirmos laços cármicos e, portanto, devemos apoiar e ajudar uns aos outros.
Observando essa atitude arbitrária, o presidente fundador da Soka Gakkai, Tsunessaburo Makiguti, opôs-se firmemente ao governo. Ele afirmava que a nação seria destruída se continuasse a menosprezar o Sutra de Lótus. A convicção de Makiguti em defender a liberdade religiosa o levou à prisão, onde acabou falecendo em 18 de novembro de 1944, aos 73 anos. Seu discípulo, Jossei Toda, que também fora aprisionado, foi libertado em 3 de julho de 1945. Com a saúde totalmente debilitada, Toda iniciou a árdua tarefa da reconstrução da organização. No romance Nova Revolução Humana, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, descreve a decisão de Jossei Toda: “O maior desejo de Jossei Toda, que se levantou sozinho no campo devastado pela guerra erguendo o estandarte do Kossen-rufu, era banhar a vida do povo, imerso no desespero e na miséria, com a luz da paz e da felicidade”. (Vol. 4, pág. 157.)
Mais tarde, já como presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda iniciou um extraordinário movimento de propagação do budismo e, em 1957, menos de sete anos após, o número de associados ultrapassou a marca de 765 mil famílias. No dia 8 de setembro desse mesmo ano, a Divisão dos Jovens da Soka Gakkai realizou o “Festival da Juventude”, ocasião em que Jossei Toda proferiu sua famosa “Declaração pela Abolição das Armas Nucleares” para as 50 mil pessoas presentes no Estádio Esportivo de Mitsuzawa, e a deixou como principal testamento aos jovens.
Após o falecimento de Toda, a Soka Gakkai se expandiu para o mundo sob a liderança do terceiro presidente Daisaku Ikeda, que transpôs inúmeras barreiras, e concretizou os desejos de seu mestre, edificando uma organização forte que se orgulha de sua rica história.
O objetivo fundamental da concretização da paz e da felicidade para todas as pessoas é a missão Soka e também o juramento compartilhado entre mestre e discípulo. O presidente Ikeda cita três pontos importantes para derrubar as barreiras que se criam entre as pessoas. A primeira é a oração pela segurança e prosperidade da comunidade. Quando valorizamos as relações com os vizinhos e oramos por sua saúde e felicidade, deixamos espaço para a comunicação genuína, o que nos permite abrir o coração para as pessoas. O segundo ponto é a atitude amável e atenciosa. Segundo ele, a chave está em sempre se manter aberto e receptivo e interagir com os vizinhos de forma muito tranquila e natural. O terceiro ponto é criar uma bela rede fundamentada nos laços de respeito e apoio mútuos, pois nos tornamos vizinhos por possuirmos laços cármicos e, portanto, devemos apoiar e ajudar uns aos outros.
O estabelecimento do ensino correto para a paz da nação e o Kossen-rufu
6a e última parte
O presidente Ikeda observa que as amizades que fazemos com as pessoas da comunidade onde moramos, com base nas três diretrizes, oração, atitude atenciosa e sentimento de apoio mútuo, irão se tornar tesouros insubstituíveis em nossa vida. Em especial, os integrantes de várias associações dedicaram-se durante muitos anos com toda a sinceridade a manter os preciosos contatos que fizeram nas comunidades onde moraram. As realizações desses nobres membros são um altivo testemunho da vitória e da boa vontade.
Ele ainda destaca que se cada um de nós conseguirmos cultivar dez amizades genuínas, então o Kossen-rufu com certeza progredirá e termina nos incentivando dizendo: “Meus companheiros, levantem-se e tomem novas iniciativas em prol do Kossen-rufu! Não fiquem em silêncio. Ao contrário, engajem-se com toda a convicção no diálogo com as pessoas. Deixem um registro de brilhante expansão da amizade e do diálogo a cada dia. Vamos trabalhar juntos para fazer do local de nossa missão, um mundo de felicidade cada vez maior”. (Brasil Seikyo, edição no 2.020, 23 de janeiro de 2010, pág. A3.)
Este ano comemora-se cinquenta anos desde que o presidente Ikeda iniciou sua luta em prol do Kossen-rufu mundial. Essa luta iniciou-se logo após sua posse, particularmente, na sua primeira visita em Okinawa, na época um território americano, em 16 de julho de 1960, dia em que se comemorava 700 anos desde que Nitiren Daishonin havia enviado a “Tese do Estabelecimento do Ensino Correto para a Paz da Nação”. Nesse mesmo ano, em 2 de outubro, partiu rumo à grandiosa jornada do Kossen-rufu mundial, munido exatamente deste espírito de “Rissho Ankoku”.
Na Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda descreve claramente os propósitos da Soka Gakkai: “Difundir nesse mundo a filosofia do humanismo para nutrir a vida das pessoas a fim de criar uma terra de paz é a ação de Rissho Ankoku, a missão da Soka Gakkai”. (Vol. 4, pág. 168). Afirma também: “Em palavras mais simples, a mensagem do Rissho Ankoku Ron é que cada um de nós deve fazer sua própria revolução humana com base nos princípios filosóficos do humanismo, tornando-se um protagonista da prosperidade social e da paz mundial. Dizem que os ensinos de Daishonin começam e terminam no Rissho Ankoku Ron. O propósito de Daishonin ao escrever essa tese foi salvar as pessoas que sofriam enormemente com a violenta investida de terremotos e inundações, fome e enfermidades. Despertou-se então para o fato de que o modo de conseguir isso era propagando a filosofia de vida do budismo que prega o caminho da revolução do indivíduo. Ele promoveu a luta para mudar o interior das pessoas desalojando a maldade arraigada no coração delas, provocando o surgimento da bondade, o abrir dos olhos da sabedoria, a mudança do egocentrismo para o altruísmo, da destruição para a criação. Isso porque as pessoas são a base de tudo. Da mesma forma como as plantas germinam em terra fértil, a cultura e a paz prosperarão na vida humana bem nutrida”. (Ibidem, pág. 169.)
Ele ainda destaca que se cada um de nós conseguirmos cultivar dez amizades genuínas, então o Kossen-rufu com certeza progredirá e termina nos incentivando dizendo: “Meus companheiros, levantem-se e tomem novas iniciativas em prol do Kossen-rufu! Não fiquem em silêncio. Ao contrário, engajem-se com toda a convicção no diálogo com as pessoas. Deixem um registro de brilhante expansão da amizade e do diálogo a cada dia. Vamos trabalhar juntos para fazer do local de nossa missão, um mundo de felicidade cada vez maior”. (Brasil Seikyo, edição no 2.020, 23 de janeiro de 2010, pág. A3.)
Este ano comemora-se cinquenta anos desde que o presidente Ikeda iniciou sua luta em prol do Kossen-rufu mundial. Essa luta iniciou-se logo após sua posse, particularmente, na sua primeira visita em Okinawa, na época um território americano, em 16 de julho de 1960, dia em que se comemorava 700 anos desde que Nitiren Daishonin havia enviado a “Tese do Estabelecimento do Ensino Correto para a Paz da Nação”. Nesse mesmo ano, em 2 de outubro, partiu rumo à grandiosa jornada do Kossen-rufu mundial, munido exatamente deste espírito de “Rissho Ankoku”.
Na Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda descreve claramente os propósitos da Soka Gakkai: “Difundir nesse mundo a filosofia do humanismo para nutrir a vida das pessoas a fim de criar uma terra de paz é a ação de Rissho Ankoku, a missão da Soka Gakkai”. (Vol. 4, pág. 168). Afirma também: “Em palavras mais simples, a mensagem do Rissho Ankoku Ron é que cada um de nós deve fazer sua própria revolução humana com base nos princípios filosóficos do humanismo, tornando-se um protagonista da prosperidade social e da paz mundial. Dizem que os ensinos de Daishonin começam e terminam no Rissho Ankoku Ron. O propósito de Daishonin ao escrever essa tese foi salvar as pessoas que sofriam enormemente com a violenta investida de terremotos e inundações, fome e enfermidades. Despertou-se então para o fato de que o modo de conseguir isso era propagando a filosofia de vida do budismo que prega o caminho da revolução do indivíduo. Ele promoveu a luta para mudar o interior das pessoas desalojando a maldade arraigada no coração delas, provocando o surgimento da bondade, o abrir dos olhos da sabedoria, a mudança do egocentrismo para o altruísmo, da destruição para a criação. Isso porque as pessoas são a base de tudo. Da mesma forma como as plantas germinam em terra fértil, a cultura e a paz prosperarão na vida humana bem nutrida”. (Ibidem, pág. 169.)
O gosho em si não está aí!!! Uma pena,
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