quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Os cavalos brancos e os cisnes brancos

Os cavalos brancos e os cisnes brancos


Em um tempo remoto viveu um grande rei chamado Rinda, cuja força e vigor causavam admiração até mesmo a seus inimigos. O rei mantinha sua extraordinária vitalidade ouvindo o relinchar dos cavalos brancos que viviam em seu reino. E os cavalos, por sua vez, somente relinchavam quando avistavam cisnes brancos.
Contudo, inexplicavelmente, os cisnes começaram a desaparecer até não restar nenhum deles em todo o reino. Consequentemente, os cavalos brancos pararam de relinchar e o rei perdeu sua força e capacidade de governar.
Assim, não demorou para que o caos se instalasse no reino. Preocupado com a possibilidade de o reino ser atacado por forças estrangeiras, o rei decidiu proclamar uma lei estabelecendo como oficial para a nação o ensinamento que fizesse os cavalos relincharem novamente.
Ao ouvirem o pronunciamento real, os líderes de várias escolas não budistas tentaram de todas as formas fazer os cisnes brancos voltarem e os cavalos brancos relincharem. Nenhuma tentativa foi bem‑sucedida.
Nessa época, vivia no reino um discípulo do Buda conhecido como bodisatva Ashvaghosha (Cavalo Relinchante). Quando ele orou para os budas das dez direções, os cisnes começaram a surgir imediatamente, e os cavalos, por consequência, voltaram a relinchar. Assim que o rei ouviu o som dos animais, seu vigor e força retornaram. Milhares de cisnes surgiram, fazendo milhares de cavalos brancos relincharem.
Logo a paz e a prosperidade voltaram ao reino e, como o rei havia prometido, o budismo tornou‑se o ensinamento de toda a nação.
Consta nos escritos budistas
Em 14 de agosto de 1280, o buda Nichiren Daishonin escreveu uma carta a uma seguidora conhecida apenas como Dama de Utsubusa, que vivia em Utsubusa, no distrito de Ihara, província de Suruga. Na época, Daishonin estava com 59 anos e vivia no Monte Minobu.
A Dama de Utsubusa enviara oferecimentos ao buda relatando em uma carta que havia recitado o Sutra do Lótus e orado 50 mil daimoku em memória de seu pai, e solicitava a realização de uma cerimônia de centésimo dia do falecimento dele. Em resposta, Daishonin louvou sua dedicação e ensinou‑lhe que todos os benefícios
do Sutra do Lótus estão contidos no daimoku. Daishonin assegura‑lhe que, por seu pai ter recitado Nam‑myoho‑renge‑kyo em vida, ele certamente havia atingido a iluminação.
Daishonin menciona essa história em sua carta e compara os cavalos brancos a ele, e os relinchos às vozes recitando Nam-myoho-renge-kyo. Ele diz à Dama de Utsubusa que quando ela recita Nam‑myoho-renge-kyo, seu pai também desfruta a imensa alegria do estado de buda.

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