É pura energia vital
O Gohonzon é a fonte da jovialidade e da mais poderosa energia
Conheça o Gohonzon, o objeto de devoção do Budismo de Nichiren Daishonin. Ele é fonte inesgotável de benefícios, energia vital, alegria e prosperidade. O presidente Ikeda afirma que “Daishonin inscreveu o Gohonzon para extrairmos e manifestarmos o poder da Lei Mística inerente à nossa vida. Estabeleçam um avanço alegre e imponente, junto comigo, manifestando a energia vital de quem acabou de renascer!”
A jovial e vibrante energia de quem acabou de nascer
“Perdoem-me por utilizar analogia tão simples, mas o Gohonzon pode ser comparado a uma máquina de produzir felicidade” (Josei Toda)
“Perdoem-me por utilizar analogia tão simples, mas o Gohonzon pode ser comparado a uma máquina de produzir felicidade” (Josei Toda)
1. Aspecto material do Gohonzon
A palavra Gohonzon significa objeto de devoção. Em japonês, go é um prefixo de honra e honzon, objeto de fundamental respeito.
Materialmente, o Gohonzon tem a forma de um pergaminho e na folha central está impresso em destaque “Nam-myoho-renge-kyo Nichiren” ladeado por várias palavras com personagens, frases e conceitos que, no todo, simbolizam a essência da vida e a concentração de todos os benefícios.
Quem revelou o Gohonzon foi Nichiren Daishonin no século 13 e a SGI o utiliza num papel especial impresso cuidadosamente no Japão e preparado para ser pendurado e consagrado no oratório dos associados. Todos os Gohonzon dos membros da SGI são cópias de um original transcrito pelo sumo prelado Nitikan Shonin (1665-1726). Os 12 milhões de membros em 192 países e territórios praticam o budismo diante do objeto de mesmo conteúdo.
2. Gohonzon, a vida de Daishonin
Este e os próximos cinco tópicos esclarecem o mais importante aspecto do Gohonzon que transcende o material.
Um diploma universitário, por exemplo, é papel especial impresso com tinta e dizeres tais como o nome do estudante, a universidade, o curso etc. Mas para quem “ralou” quatro anos estudando, fazendo provas, pagando mensalidades, suportando e superando dificuldades, este certificado transcende o papel e a tinta. Ao olhar para o diploma, o estudante renova seu juramento profissional, rememora suas lutas e se enche de emoção e decisão. Assim também é com a certidão de casamento: para casais felizes esse documento não é apenas um papel carimbado pelo cartório, mas concentra conquistas, vitórias, superações, sonhos, filhos etc. O mesmo vale para uma nota de 100 reais: é apenas papel e tinta, porém, para quem está no “aperto”, receber várias delas desperta suspiros e alívio.
Sincronia total com a Lei
O que o Gohonzon representa, então? O que ele concentra? O buda Nichiren Daishonin teve a mais desafiadora das vidas e superou o impossível. A fonte da sua força, energia, otimismo e boa sorte foi a Lei Mística. Isso explica por que Daishonin transcreveu a própria Lei Mística como ponto central de concentração e devoção. O Gohonzon é, então, a vida de Nichiren Daishonin que estava em total sincronia com Lei Mística: “Eu, Nichiren, inscrevi minha vida com tinta preta [sumi, em jap.] então, acredite neste Gohonzon com todo o seu coração”. Papel com tinta preta é o aspecto parcial do Gohonzon; o aspecto real é que ele existe totalmente na sua fé. Ao “crer com todo o seu coração”, o praticante imediatamente ativa e torna vivo o Gohonzon interno que já existe e com isso, produz farta energia vital e alegria.
3. O Gohonzon diz respeito a você
O Gohonzon funciona para todos porque Daishonin revelou a Lei que não se refere apenas a ele, é algo que todos possuem.
O Gohonzon diz respeito a você, à real dimensão da sua vida que extrapola o ego e abarca a tudo no universo.
É o diploma que atesta o poder máximo da sua vida e o qualifica a vencer e a conduzir todos à vitória. É um objeto externo que revela o que há dentro da pessoa: “O Gohonzon existe dentro de nossa vida. A essência da fé no Budismo de Daishonin é crer que nossa própria vida e o Gohonzon consagrado no oratório são unos e uma única entidade” .
Todos os benefícios possíveis e impossíveis estão concentrados no Gohonzon. Então, como acessar por completo todo esse poder? Simples: por meio da fé.
Josei Toda esclarece: “Nós, da Soka Gakkai, temos fé; possuímos o Gohonzon. Tudo o que obtivemos é resultado do benefício da nossa fé no Gohonzon. (...) A fé está no coração de tudo. Permanecermos firmes em nossa prática budista é o que importa. Enquanto tivermos essa resoluta convicção, jamais seremos abalados por qualquer coisa que escrevam ou digam sobre nós”.
O Gohonzon é nosso diploma de ser humano, a prova de que estamos vivos e temos pleno poder de transformar o destino. Representa nosso mundo interior e exterior, concentra toda a força da vida e, ao depositar nele sincera fé, nasce ilimitada energia vital. Ter fé no Gohonzon é ter fé na vasta e revigorante vida que há em si mesmo e em todos.
4. A fonte do otimismo e do bem-estar
É automático, recitar Nam-myoho-renge-kyo com confiança e ânimo diante do Gohonzon é, por si só, fonte de pura energia vital, benefícios, prosperidade, boa sorte, saúde e compaixão.
O Gohonzon é uma espécie de espelho: ele mostra o que temos de melhor, nosso amplo estado de vida. Para se ver num espelho com nitidez, basta estar diante dele. Olhar para o Gohonzon é enxergar dentro de si. Ter fé no Gohonzon é ter fé no seu “eu maior”, na sua real capacidade de ser feliz e mudar por completo sua realidade. Mesmo que não entenda o que está escrito, seu “eu maior”, sua mente mais profunda e abrangente entende e reage.
Caso uma pessoa consiga analisar a essência da sua mente e da sua vida encontrará uma configuração exatamente igual ao Gohonzon.
Recitar o Nam-myoho-renge-kyo ao Gohonzon desejando ser feliz e fazer todo mundo feliz é ativar e lei da vitória absoluta da qual você já é diplomado desde sempre. O Gohonzon é um resgate da dignidade da vida e do caráter genuinamente humano.
5. A descrição completa da vida
Mas por que Daishonin concebeu o Gohonzon dessa forma, e como é possível funcionar com tamanha eficácia?
Isso é fruto da genialidade e compaixão do buda. Ele pensou em tudo e criteriosamente concentrou no Gohonzon a causa e o efeito simultâneos da felicidade.
O Nam-myoho-renge-kyo é a Lei que gera felicidade e ao mesmo é a própria felicidade. É a meta e ao mesmo tempo o resultado.
Sendo um pouquinho mais teórico: o Gohonzon não é invenção de Daishonin mas se refere a algo universal.
O fundador do budismo é Shakyamuni, e a essência do seu ensinamento está numa obra chamada Sutra do Lótus, de 28 capítulos. Daishonin manifestou a Lei Mística encontrando-a na mais dramática das cenas desse sutra: a Cerimônia no Ar, um retrato do estado interno deslumbrante de Shakyamuni e que na verdade é universal e atemporal.
O desenho e os elementos do Gohonzon são fiéis aos elementos dessa cerimônia: o Nam-myoho-renge-kyo ao centro como fonte revitalizadora e ao seu redor seres, nomes, frases e princípios que revelam todos os aspectos da vida: o Gohonzon descreve como a vida é na sua forma original e pura incluindo sua incrível capacidade de se transformar a cada momento.
“O Gohonzon é uma representação do ‘verdadeiro aspecto de todos os fenômenos’, dos princípios fundamentais da ‘possessão mútua dos dez mundos’ e dos ‘três mil mundos num único momento da vida’, os quais foram elucidados durante a Cerimônia no Ar do Sutra do Lótus”, afirma o presidente Ikeda.
Sem o Gohonzon seria preciso estudar um por um desses conceitos e criar práticas mirabolantes: seriam necessários anos a fio de dedicação. Daishonin inverteu o processo: ter fé no Gohonzon ativa imediatamente todos esses mecanismos e expulsa a negatividade e a infelicidade.
6. A pureza de uma criança buscando sua mãe
Resumindo, o Gohonzon é a prova de que cada pessoa é um universo de benefícios, leis, mecanismos de transformação do destino etc.
O Buda deseja que ativemos essa máquina interna de produzir felicidade.
A fé capaz de abrir esse baú de tesouros deve, então, ser complexa e exigir anos de treino. Certo? Errado! O buda facilitou nossa vida. A chave é despir-se de toda dúvida em relação a si mesmo e orar ao Gohonzon sem vaidade, sem medo e completamente confiante de que é o Gohonzon, é o Nam-myoho-renge-kyo, está tudo ali e também está tudo em você, não lhe falta nada!
Essa pureza de fé é o único requisito para acessar o mar de benefícios contido no Gohonzon. Essa fé também está nas atividades da SGI e na unicidade de mestre e discípulo com o presidente Ikeda.
Para facilitar ainda mais, Daishonin descreve que “fé significa depositar confiança no Sutra do Lótus, em Shakyamuni, em Muitos Tesouros, em todos os budas e bodisatvas das dez direções, bem como nos deuses celestiais e divindades benevolentes e recitar Nam-myoho-renge-kyo, assim como uma mulher estima seu marido, como um homem dá sua vida pela esposa, como pais se recusam a abandonar seus filhos ou uma criança se recusa a deixar sua mãe” (WND, v. 1, p. 1036).
Sensacional: Com senso de responsabilidade de resolver cada assunto da sua vida, determine ativar seu Gohonzon interno confiando que as maravilhas descritas no Gohonzon dizem respeito às maravilhas da sua própria vida.
7. A bandeira da revolução humana
O Gohonzon existe para você se enxergar na essência, observar a própria mente e despertar aqui e agora para o poder máximo da vida.
O Gohonzon não é um simples papel assim como você não é uma pessoa qualquer. O Gohonzon é a prova de que na essência temos um palácio de dignidade e boa sorte acumulado e que podemos manifestar o estado de buda mesmo diante de situações terríveis e, com isso, mudar o destino com força máxima. Ao basear-se no Gohonzon, você tem a “energia vital de quem acabou de renascer” onde quer que esteja.
Outro aspecto genial do Gohonzon é ser a bandeira da propagação do budismo, a bandeira a ser gentilmente hasteada na residência das pessoas para que elas também façam a revolução humana.
Ilimitado poder do Gohonzon
Em novembro de 1956, Toshiko Yamamura participou de uma reunião de palestra que contou com a presença de Shin’ichi [pseudônimo do presidente Ikeda]. Sempre fora doente, sofrendo por muitos anos de asma e com os efeitos colaterais dos vários remédios que tomava. A empresa de produção e venda de konhaku1 do marido ia mal, e ela batalhava para conseguir dar conta das despesas.
Na reunião de palestra, Shin’ichi a convidou a se sentar mais à frente na sala.
Yamamura não estava propensa a praticar nenhuma religião. Esperava ouvir algum tipo de alegação duvidosa e, ao se deslocar para o bloco da frente, estava determinada a se opor e apresentar contra-argumentos.
– Tem alguma preocupação ou problemas? – perguntou Shin’ichi.
Obviamente, para ela os dias eram repletos de todas as espécies de angústias. Irritada por aquela intromissão em sua vida, respondeu:
– Não, de forma alguma — afirmou.
Shin’ichi apenas sorriu para ela e começou a falar, de modo tranquilo, sobre a importância de se seguir uma filosofia correta e a expor os fundamentos do budismo.
Em seu íntimo, Yamamura o considerara convincente. Mas, ao mesmo tempo, estava determinada a não sucumbir ao poder de persuasão dele.
Há ocasiões em que, embora a pessoa saiba racionalmente que algo é verdade, o lado passional se torna tão exacerbado que é incapaz de aceitar os fatos e de agir de acordo com eles. O caminho para a felicidade genuína se inicia, porém, com o ato de controlar as emoções e dar, corajosamente, o primeiro passo para o progresso e autoaprimoramento.
Após finalizar sua exposição, Shin’ichi disse a Yamamura:
– Tem certeza de que não está doente? O procedimento mais importante para vencer a doença é recitar daimoku ao Gohonzon e fortalecer sua energia vital. Por que não experimenta praticar o budismo?
Toshiko Yamamura olhou para Shin’ichi e indagou em tom sarcástico:
– Desculpe-me pela pergunta, mas para mim o Gohonzon parece ser apenas um pedaço de papel. Por que meras palavras escritas numa folha de papel teriam tal poder?
Shin’ichi respondeu sinceramente:
– O papel pode ter um poder extraordinário, não concorda? Jogaria fora um cheque de 50 mil ou de 100 mil ienes por se tratar “apenas de papel”? Se recebesse um telegrama dizendo “Sua mãe se encontra em estado crítico”, o impacto não seria profundo, apesar de serem apenas palavras escritas no papel?
– Um mapa é apenas papel. Mas, se confiarmos nele e o utilizarmos, chegaremos ao destino pretendido. O Gohonzon é o objeto de devoção para ativarmos um grandioso estado de vida de modo que possamos nos tornar genuinamente felizes.
Yamamura desta vez não retrucou. A cordialidade de Shin’ichi a haviam, contudo, tocado profundamente; e, em decorrência disso, estava quase propensa a começar a praticar o budismo. Mas sentia que, se fizesse isso, estaria, de algum modo, admitindo a sua derrota.
Depois de um tempo, porém, ela se associou à Soka Gakkai e decidiu submeter o Gohonzon a um teste para provar que Shin’ichi e os demais membros da organização estavam errados; ela recitou daimoku intensamente por uma semana e, então, parou na semana seguinte. O resultado era incontestável. A partir do dia em que iniciara a recitação, seus ataques de asma cessaram completamente. Quando interrompeu a recitação, sofreu uma crise tão aguda que pensou que ia morrer.
“Agora compreendo o imenso poder do Gohonzon! Agora acredito! Quero vencer a minha doença!”, desculpou-se fervorosamente diante do Gohonzon.
Como aponta Nichiren Daishonin: “E ainda mais importante que a razão e a prova documental é a prova real” (CEND, v. I, p. 626). A prova irrefutável que vivenciara fez Yamamura despertar para o poder da fé.
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