“Que maravilhoso ensinamento budista é este!”
Todos nós podemos ser absolutamente felizes. E não precisa ser um processo demorado. De posse da ferramenta correta, é possível quebrar todas as amarras do destino e expandir a vida ao máximo, experimentando infinita alegria neste exato momento. O budismo ensina como isso acontece por meio do princípio da “verdadeira causa”
Frase instigante do presidente Ikeda:
“O passado já se foi. O futuro ainda não chegou. Tudo o que existe é o momento presente. [...]
Considerar esse momento da vida como o efeito direto de alguma causa que fizemos no passado significa pensar em termos do ‘verdadeiro efeito’. Significa pensar, em outras palavras, ‘Eu fiz tal coisa, portanto, aconteceu isso comigo’. Mas ter simplesmente essa perspectiva não fará surgir esperança. O importante é considerar a própria vida no presente momento como a ‘causa’ para efeitos futuros. Essa é a ‘verdadeira causa’ que alcança as profundezas do ser. Não se trata de uma causa superficial” (BS, ed. 1.579, 11 nov. 2000, p. 3).
Chegou a hora de expandir e transformar
“Verdadeira causa” é um dos princípios mais importantes e fascinantes do budismo porque ensina que devemos viver do presente para o futuro.
A Lei que muda as coisas, expande nossa vida e transforma o destino é difícil de ser percebida. Por causa disso, nos distraímos com teorias parciais que ensinam a tratar os fatos atuais da vida apenas como consequência do passado. Essas teorias parecem corretas, mas lá no fundo geram medo, insegurança e instabilidade, além de uma dúvida crucial: “será que há mais coisas ruins para acontecer?”
A “verdadeira causa” é a Lei do Nam-myoho-renge-kyo. Ela é a força que contém ao mesmo tempo a causa e o efeito e, quando se tem fé nessa Lei, você faz o momento presente ser causa da transformação. Se está sofrendo, converte esse sofrimento em causa da felicidade.
Dicionário:
“Verdadeira causa” (honnin-myo, em jap.), também “princípio místico da verdadeira causa”. Um dos dez princípios místicos do ensinamento essencial do Sutra do Lótus. Foi formulado por Tiantai (538-597). Se refere à prática que Shakyamuni realizou num tempo incrivelmente no passado para atingir sua iluminação original. O termo contrasta com “verdadeiro efeito”. Nichiren Daishonin identificou a “verdadeira causa” ou Lei fundamental, que fez todos os budas manifestarem o estado de buda, como a Lei do Nam-myoho-renge-kyo. Fonte: www.nichirenlibrary.org
Todos podem
O budismo existe para o povo. E Nichiren Daishonin provou que qualquer pessoa consegue ser feliz no seu cotidiano, por mais simples que seja. Isso aconteceu quando ele revelou que o Nam-myoho-renge-kyo recitado com fé no Gohonzon desejando ardentemente a felicidade de si e de todos à sua volta é, em si, a “verdadeira causa” que muda o destino.
O estado de buda — o ápice da felicidade humana — é acessível a qualquer pessoa.
Daishonin comprova isso principalmente quando afirma que aqueles que recitam o Nam-myoho-renge-kyo “atingirão o estado de buda prontamente” (WND, v. VI, p. 201). Ele também declara: “Não deve haver dúvidas de que aqueles que praticam corretamente a Lei Mística facilmente se tornarão budas iguais a Shakyamuni” (GZ, p. 817); e “não é difícil tornar-se buda”(END, v. IV, p. 285).
Verdadeiro otimismo
Diante das afirmações anteriores de Daishonin, o presidente Ikeda exclama: “Que maravilhoso ensinamento budista é este! Como somos afortunados! Que maravilhosa joia Daishonin concedeu à humanidade! Isso representa um ensinamento que é de fato acessível a todos os seres humanos” (BS, ed. 1.494, 6 fev. 1999, p. 3).
“Verdadeira causa” significa viver com um infinito otimismo diante de todos os fatos. Esse otimismo vem do coração quando se tem “absoluta fé nas possibilidades humanas, uma crença imutável nas nossas habilidades de superar todas as dificuldades e a coragem para se esforçar continuamente para melhorar o mundo ao nosso redor” (The Inner Philosopher, p. 42).
Esse princípio muda a forma de encarar o momento presente. Os fatos deixam de ser experimentados como “castigo” e são vistos como “causa” da mudança. O budismo ensina a viver com total esperança acreditando que o sofrimento atual é o impulso para a vitória.
O dia de hoje nunca mais voltará
“Verdadeira causa” significa viver “do presente para o futuro”. Em vez de lamentar os fatos, de se demorar buscando razões cármicas da situação ou se martirizar com culpas, a pessoa se concentra em lutar com entusiamo para transformar a realidade ao mesmo tempo em que extrai valor de tudo que lhe acontece.
O presidente Ikeda afirma: “O budismo é ‘do presente para o futuro’. Não é necessário olhar para trás [para o passado]. Basta avançar sempre. Porque vocês são ‘tesouros de infinito potencial’” .
Viver inspirado nesse conceito brinda um senso de urgência em dedicar-se ao máximo, agora, para vencer e reconstruir sua realidade. Em outra passagem, o presidente Ikeda afirma: “O dia de hoje nunca mais voltará. Por isso, precisamos vencer energicamente cada dia com o espírito de rei leão. Passado é passado. Por isso, não importa o que tenha sido até agora, vivam do presente para o futuro abrindo caminhos de avanço e progresso. Daí se inicia a verdadeira história da revolução humana. O futuro de uma vida rotineira é a infelicidade. Partir sempre com renovada disposição é praticar o Budismo da Verdadeira Causa. As atividades da Gakkai, que são promovidas sempre com novas esperanças, são ações que entoam a sinfonia da felicidade e do triunfo”
Apegar-se desnecessariamente ao passado é retrocesso. Viver do presente para o futuro é expansão, avanço e vitória.
É você, é agora
O princípio da verdadeira causa explica que qualquer mudança tem origem em duas coisas: “você” e o “momento presente”.
Se a sua determinação neste momento estiver sincronizada ao Nam-myoho-renge-kyo — a Lei Mística da Verdadeira Causa — você se empenha com vitalidade, expande ao máximo sua força e supera qualquer dificuldade.
A condição para isso é tomar as rédeas da vida e resolver por si mesmo suas questões. É muito fácil acusar o carma, os outros, os fatos, ou a até a “causa e efeito” como motivo da sua estagnação. Mas o budismo garante que as coisas só mudam quando a mente muda — quando você decide dar um basta e inicia uma otimista batalha.
“Não é ‘alguém’, é você. Não é ‘algum dia’, é ‘agora’. Vamos desbravar uma extraordinária nova era do kosen-rufu de vitórias da nossa localidade por meio de um forte espírito determinado e de ardente fé!”, encoraja o presidente Ikeda.
Vitória em 2016
O ano de 2016 é perfeito para criar uma nova história de expansão da sua energia vital. A forma mais eficaz é “ir ao encontro” das pessoas, encorajá-las e aumentar seu círculo de amizade.
O contrário da expansão é o egoísmo, uma vida centrada em si mesmo. Quanto mais o coração se expande, mais se encoraja os outros e maior é o círculo de influência da sua vida.
O ponto de partida é fazer deste momento “o instante em que os senhores decidem do fundo do coração: ‘Hei de me levantar agora e lutar!’ É a partir do instante em que o destino começa a mudar que a vida se desenvolve e a história tem início. Esse é o princípio místico da verdadeira causa” (PHJ, p. 52).
Vida diária inspirada na “verdadeira causa”
MANEIRA CONVENCIONAL = “verdadeiro efeito”
Encara a situação apenas como “efeito” do passado = Falta de energia vital, angústia, lamentação
PRATICANDO O BUDISMO da “verdadeira causa”
O fato atual é a causa da vitória. Ânimo no presente e batalha para criar um novo futuro = Liberdade, otimismo, vitória, altruísmo
A forma concreta da “verdadeira causa” é a fé otimista e constante no Gohonzon do Nam-myoho-renge-kyo
Transformar o destino, agora!
No inverno de 1957, uma senhora, chamada Tamiko Hayashi, estava tão desanimada com a vida sofrida que decidiu cometer suicídio. Desejando ver sua mãe uma última vez antes de morrer, ela pegou um trem com o pouco dinheiro que possuía. Isso com certeza ocorreu antes de ela ingressar na Soka Gakkai.
O trajeto do trem era de Nagoya para a Estação de Ogori. Vestindo calças e avental, a Sra. Hayashi sentia-se envergonhada de seu aspecto maltrapilho e se escondia do olhar dos outros. Ela levava sua filha de 2 anos.
Toda vez que o trem parava em uma estação, entravam vendedores ambulantes oferecendo refeições. Embora mãe e filha estivessem famintas, não possuíam nenhum dinheiro para comprar comida.
Um jovem embarcou no trem em Maibara ou Quioto, ele também não estava bem vestido. Ele sentou-se no banco em frente a Sra. Hayashi e sua filha, abriu um livro grosso encapado com couro preto (mais tarde ela descobriu que era o Gosho) e começou a escrever algo atentamente.
Sempre que sua filha via um vendedor oferecendo refeições, ela dizia: “Mamãe, estou com fome”. Cada vez que paravam em uma estação, ela pedia o que era impossível. Sentindo-se miserável e desamparada, a mãe a repreendeu, dizendo-lhe firmemente: “Fique quieta!”.
Passado certo tempo, o jovem chamou um vendedor ambulante e comprou duas refeições. “Como ele tem sorte”, pensou aquela mãe. “Ele pode comprar não somente uma, mas duas refeições. Como ele tem sorte!” O jovem deu-lhe uma refeição e disse-lhe: “Por favor, alimente sua filha”. Por um momento, a Sra. Hayashi ficou muda. Aquilo parecia algo completamente incompreensível.
Ao redor deles havia várias pessoas bem vestidas. No entanto, todas ignoraram as duas. Ela pensou: “Mas esse jovem, apesar de não ser rico, ofereceu uma refeição a nós, duas miseráveis estranhas. É uma maravilha existir uma pessoa assim neste mundo”. A Sra. Hayashi ainda lembra vividamente a surpresa e a gratidão que sentiu naquele momento.
Tudo o que conseguiu dizer foi: “Muito obrigada”. Envergonhada de sua aparência, ela se sentia incapaz de dizer mais alguma coisa. Até hoje ela se lembra do que havia na refeição: arroz com acompanhamento e peixe frito.
Ela também gravou em sua memória o inesquecível olhar do jovem. “Ele expressava um olhar sereno que irradiava benevolência.” O jovem desembarcou em Osaka. Quando desceu, ele disse à Sra. Hayashi: “Boa sorte!”. Um sentimento de inexplicável afeto preencheu seu coração. A voz do rapaz também era inesquecível. A Sra. Hayashi fitou novamente os olhos dele. “Que olhar sincero”, pensou. Naquele instante, o sentimento de cometer suicídio desapareceu.
Em Ube, ela se encontrou com a mãe e passou um mês em sua casa. Após esse período, retornou a Nagoya. Pouco tempo depois, um membro da Soka Gakkai falou sobre o budismo para a Sra. Hayashi e ela decidiu praticá-lo.
No ano seguinte, em 22 de março de 1959, foi realizada uma explanação de Gosho na Escola Primária de Matsuba, em Toyohashi. O explanador era o presidente Ikeda (que, na época, era o administrador-geral da Soka Gakkai). A Sra. Hayashi estava grávida pela segunda vez, e sua gravidez já estava bem adiantada quando ela foi assistir à explanação.
A tribuna estava distante e ela não conseguia enxergar o rosto dos líderes. Porém, no momento em que ouviu o presidente Ikeda falar, subitamente sentiu um ímpeto de alegria: “Este é o jovem que conheci no trem! Tenho certeza que é ele!”.
Era inesquecível a voz daquele jovem que ela tinha ouvido no trem. A voz serena que fez com que ela apagasse de sua mente a decisão de se suicidar. Naquele instante, ela fez um sincero juramento: “Mesmo que eu seja o último membro da Soka Gakkai, sempre seguirei o presidente Ikeda”.
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