quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O Menino e a Cerejeira

O Menino e a Cerejeira


A atriz Maria Stela Tobar Mariucci, 42, mais conhecida pelo nome artístico Stella Tobar, nos contou detalhes sobre um projeto que transformará uma obra literária que incentiva inúmeros leitores numa emocionante peça teatral
Em julho deste ano acontecerá a estreia da adaptação para teatro do livro de autoria do presidente da Soka Gakkai, Dr. Daisaku Ikeda, O Menino e a Cerejeira. A responsável por este projeto é Stella Tobar, atriz, diretora e associada da BSGI. Para ela, esta é a concretização de um sonho.
Como surgiu a ideia de fazer a adaptação para o teatro?
Sinto que cheguei num momento da minha carreira em que me interesso por projetos que toquem mais forte o meu coração. A arte é feita para alimentar o espírito, daí veio a vontade de realizar um espetáculo para crianças. O Menino e a Cerejeira é uma obra que me toca de uma maneira muito profunda. Até hoje eu leio o livro e me emociono.
Por que esta obra é tão especial para você?
Embora no Brasil não haja uma guerra, há lugares em que parece que ela existe. Há uma grande falta de esperança, inclusive em meio aos jovens. Este livro mostra que é possível ter um horizonte que nos traga esperança nas situações mais adversas.
Conte um pouco sobre as apresentações que farão
Ficaremos em cartaz do dia 2 a 23 de julho com apresentações no Teatro João Caetano, em São Paulo. A peça também ganhou o selo do hospital do câncer de Barretos. Por isso, depois faremos uma oficina de origami (dobradura de papel) de tsuru (pássaro que simboliza a paz) em um hospital.
O que motivou vocês a participar dessa ação com origami?
Este espetáculo conta a história de um menino cujo pai morreu na Segunda Guerra Mundial. Dessa mesma guerra há várias histórias. Uma delas é a de Sadako Sasaki, uma menina que nasceu em Hiroshima, Japão. Alguns anos após o bombardeio nuclear em sua cidade, ela foi acometida de leucemia. Enquanto estava no hospital ouviu sobre uma lenda japonesa que dizia que se fizesse mil tsuru de origami, teria um desejo realizado. Isso lhe trouxe esperança, porém ela faleceu antes de completar as dobraduras. O tsuru é esse símbolo de mudança. Então, a ação de levar os tsurus aos hospitais surgiu por conta dessa ideia. No hall do teatro e em algumas partes do cenário, o tsuru também estará presente.
O que você pretende transmitir ao público?
Quero que, de alguma maneira, eu consiga
transmitir a eles que é possível transformar qualquer circunstância da vida. Esta peça é uma história com um pano de fundo triste, mas sobre uma criança que tem uma força muito grande dentro de si e a desperta por meio do encontro com um senhor que cuida de uma cerejeira, que todos pensavam estar morta. A cerejeira floresce porque a força dentro do menino é despertada. Espero que as crianças construam isso em qualquer situação de sua vida no futuro. Meu maior desafio será tocar o coração de cada espectador, criança ou adulto.

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