Acumular boa sorte por meio da prática da fé

Ser membro da Divisão dos Estudantes e realizar a prática do budismo desde cedo é um grande privilégio. Com isso, um jovem aprende sobre o humanismo e gera valor em sua própria vida

O executivo e as crianças

Um executivo japonês foi a uma ilha do Pacífico Sul, onde encontrou algumas crianças deitadas na praia. Ele disse:

— Parem de passar o tempo à toa. Vão à escola imediatamente e estudem!

Elas responderam:

— Por que deveríamos ir à escola?

— Se vocês forem à escola e estudarem bastante — explicou o executivo — poderão tirar boas notas.

— Por que precisamos tirar boas notas? —

perguntaram as crianças.

— Ah! — disse o homem — se tiverem boas notas na escola, poderão ir para uma boa universidade.

— E o que acontece se formos para uma boa universidade? — indagaram elas.

Sem perder tempo, o executivo replicou:

— Se vocês se formarem em uma universidade de prestígio — argumentou —, poderão trabalhar numa grande empresa ou numa importante repartição pública. Também ganharão um salário alto e talvez façam um bom casamento.

— E depois? — quiseram saber mais as crianças.

— Aí, poderão viver numa bela casa e desfrutar a vida —

completou o homem.

— E que mais? — questionaram novamente.

— Então poderão trabalhar bastante até se aposentarem e também mandar seus filhos para uma boa escola — assegurou o homem.

— E...? — perguntaram, de pronto, ainda as crianças.

— Depois poderão ir a um local quente e agradável e passar o dia descansando — disse o executivo, sem demora.

— Se esse é o objetivo — responderam as crianças —, então não temos o que esperar. Já o alcançamos.

Em outras palavras, se o objetivo máximo da vida fosse simplesmente “ descansar e se divertir”, então, no que dizia respeito às crianças, não havia nenhuma finalidade no fato de elas terem todo o trabalho de se educar e despender tempo e energia estudando.

Por que estudamos? Para que vivemos? Para que serve o dinheiro? Mesmo que consigam boas escolas e bons empregos, não há garantia de que serão felizes com isso (...).

(...) O propósito do estudo não é ser aceito numa universidade de prestígio. É cultivar a mente e o coração para se tornarem indivíduos plenos e que deixem alguma boa prova de sua existência neste mundo”.

Potencial infinito

Podemos notar que atualmente a noção de valor, entre a maioria das pessoas, está atrelada ao materialismo (bens de consumo, dinheiro) e status, assim como vemos no exemplo da pequena história que o presidente Ikeda contou no livro Juventude, Sonhos e Esperanças.

Temos a boa sorte de viver no mundo da Gakkai durante a fase da DE‑Herdeiro (de 14 a 17 anos).Possuímos um mestre da vida, verdadeiros companheiros com o desejo de fazer do mundo um lugar melhor e a boa sorte de recitar gongyo e daimoku todos os dias diante do Gohonzon.

A recitação de um único Nam‑myoho‑renge‑kyo é capaz de mudar todo o futuro de uma pessoa. Nós, membros da DE‑Herdeiro, temos o privilégio de acumular boa sorte por meio da prática da fé desde cedo, o que nos possibilita enxergar que tudo na nossa vida é possível e que temos um potencial ilimitado.

Dedicar um pouco a cada dia

Ikeda Sensei nos incentiva dizendo: “A prática do gongyo e do daimoku depende da sua própria vontade. Essa prática não é uma obrigação, é um direito. O Gohonzon jamais irá obrigá-los a orar. A atitude de gratidão em poder orar ao Gohonzon é a essência da fé”.1 E continua dizendo: “O budismo existe para liberar as pessoas, não para restringi-las. O importante é se dedicarem mesmo que um pouco, todos os dias”.2

Vamos nos lembrar desse ponto de nos esforçarmos mesmo que um pouco todos os dias, e como amigos verdadeiros e bons filhos, relembrar isso aos nossos colegas e familiares para que eles também nunca se esqueçam de acumular a boa sorte por meio da prática da fé.