segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Resposta ao Sacerdote Leigo Takahashi

Resposta ao Sacerdote Leigo Takahashi 



Um excelente remédio
Ninguém gosta de ficar doente; afora as dores e o desconforto, a doença sempre traz muita preocupação. Todavia, se encontrarmos um bom médico que receite o melhor remédio, a doença pode ser curada. O Buda é comparado muitas vezes a um excelente médico e seus ensinamentos, ao remédio capaz de salvar as pessoas dos sofrimentos da vida.
Após superar uma doença, a gente fica mais forte para continuar a nos desenvolver. Da mesma forma, se passamos por algum sofrimento, ao pôr em prática os ensinamentos do Buda, passamos a viver de forma revigorada.
Nosso mestre, presidente Ikeda, diz: “Os remédios fracos não seriam suficientes para curar essas graves doenças e por isso Shakyamuni propagou o Sutra do Lótus e confiou os ‘cinco ideogramas do Myoho‑renge‑kyo’ — descritos no Sutra do Lótus como o ‘bom remédio’ — ao bodisatva Práticas Superiores, o líder dos bodisatvas da terra, com a missão de concedê‑lo aos seres vivos de Jambudvipa — o mundo inteiro — nos Últimos Dias da Lei”.1 Portanto, se temos o Gohonzon e recitamos Nam‑myoho‑renge‑kyo, não há nada a temer.
Os cinco ideogramas do Myoho-renge-kyo
Referem-se ao Nam-myoho-renge‑kyo, o coração dos ensinamentos da vida do Buda. No escrito Resposta ao Sacerdote Leigo Takahashi, Nichiren Daishonin escreveu: “Nessa época, o bodisatva Práticas Superiores2 fará seu advento no mundo e concederá os cinco ideogramas do Myoho-renge-kyo3 a todos os seres vivos de Jambudvipa [o mundo inteiro]”. (CEND, v. I, p. 633)
Porém, apenas o fato de os cinco ideogramas do Myoho-renge-kyo serem revelados não garantiria que todos os seres vivos viveriam sem sofrimentos. As pessoas poderiam se beneficiar desse “bom remédio” somente se houvesse uma pessoa que propagasse a Lei Mística concretamente.
Na carta, Nichiren Daishonin explica como lutou arduamente até aquele momento como devoto do Sutra do Lótus para conduzir as pessoas dos Últimos Dias da Lei à iluminação, e como pretende continuar a se esforçar ainda mais.
Qual é a coisa mais importante na vida e na fé?
O buda Nichiren Daishonin buscava constantemente criar uma inabalável convicção no coração de seus discípulos. Como no caso do sacerdote leigo Takahashi, é como se ele estivesse dizendo: “O senhor é um discípulo de Nichiren Daishonin, o devoto do Sutra do Lótus. Como tal, não tem nada a temer!” — esta é a convicta mensagem que
percorre a carta.
Como praticantes do Budismo de Daishonin, portanto, devemos sempre prezar e valorizar acima de tudo a absoluta convicção demonstrada por Nichiren Daishonin, isto é o mais importante. Agindo desta forma, jamais seremos derrotados.

“O fato de o senhor ter confiado ainda que um pouco em mim e de ter percorrido todo esse caminho até aqui [ao Monte Minobu] para me visitar quando todos os outros me odeiam não pode ser atribuído apenas ao carma de sua presente existência. Com certeza, compartilhamos uma relação desde existências passadas!”
(CEND, v. I, p. 637)
Vamos entender
Nesta matéria estudaremos dois pontos superimportantes no budismo, o espírito de procura e a relação de mestre e discípulo com o exemplo de Takahashi Rokuro Hyoe, um discípulo de Daishonin bastante dedicado.
A curiosidade de um Pequeno Príncipe
A obra O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint‑Exupéry conta a história de um pequeno príncipe que com sua grande curiosidade viaja por galáxias e encontra uma série de personagens superdiferentes.
No livro Juventude: Sonhos e Esperança o presidente Ikeda diz: “O clássico O Pequeno Príncipe é considerado uma das obras‑primas do século 20. Há uma passagem dessa bela história que gostaria de citar: ‘Quando a gente lhes fala [às pessoas adultas] de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: ‘Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que gosta? Será que ele coleciona borboletas?’ Mas perguntam: ‘Qual é sua idade? Quantos irmãos tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?’”.1
Mas o que isso tem a ver com esta carta do buda Nichiren Daishonin? No dia a dia muitas vezes fazemos igual às pessoas grandes do livro O Pequeno Príncipe e deixamos de ir ao encontro dos outros com o sentimento de verdadeiramente conhecê-los.
Espírito de Procura
Talvez o que nos falte seja algo chamado espírito de procura. Podemos dizer que esse é o sentimento de não esperar, mas de espantar a preguiça e ir em busca de conhecimentos, de aprofundar na prática budista e realizar a própria revolução humana.
É principalmente ter a atitude de não ficar aguardando que a felicidade chegue, mas criar condições para manifestá-la.
Podemos ver esse princípio budista no trecho do escrito que estamos estudando, no qual Takahashi caminhou e viajou bastante para visitar seu mestre, o buda Nichiren Daishonin.
Hoje podemos exercitar o espírito de procura ao participarmos das atividades da BSGI, ao sabermos como estão nossos amigos, ao nos dedicar aos estudos e sermos um bom filho.
Eternos Laços de Mestre e Discípulo
Nesta carta, Daishonin transmite grande esperança ao discípulo dizendo que eles compartilham um vínculo que transcende esta vida e, portanto, é certo que continuarão juntos em existências futuras.
O presidente Ikeda diz: “A unicidade de mestre e discípulo é a essência do budismo. Mas devemos nos lembrar que um mestre não é um ser superior; mestre e discípulo são companheiros que se empenham juntos na vida real para alcançar um mesmo ideal”.2
Então, como construir essa relação de vida tão profunda? Como o presidente Ikeda nos ensina a nos empenhar juntos na vida real para alcançar um mesmo ideal, ou seja, quando lutamos pelo kosen‑rufu, da mesma forma que Ikeda sensei, podemos compreender o exato significado dessa relação e da missão como Sucessores Ikeda.
Eu quero estudar mais!


Frase do Gosho
“Além do mais, o Sutra do Lótus afirma ser o “bom remédio para os males dos habitantes de Jambudvipa”. As pessoas deste mundo de Jambudvipa estão sofrendo com enfermidades, mas elas possuem o remédio do Sutra do Lótus. No seu caso, os três requisitos estão presentes; então, como poderia falhar em se recuperar? Porém, se o senhor duvidar, nada poderei fazer para ajudá-lo. Nam‑myoho‑renge‑kyo, Nam‑myoho‑renge‑kyo.”
(CEND, v. I, p. 637)
Sobre a Escritura
Quem escreveu: buda Nichiren Daishonin
Para quem: Takahashi Rokuro Hyoe
Quando: sétimo mês de 1275
Onde: Monte Minobu, Japão
Quando esta carta foi escrita, o sacerdote leigo Takahashi estava sofrendo de uma grave doença. Sabendo disso, Daishonin escreveu-a para incentivar e tranquilizar seu fiel discípulo.
Neste escrito podemos destacar os seguintes pontos:
O desejo de Daishonin de que seu discípulo não desanime perante as dificuldades;
A importância de manter a convicção na prática da fé em todos os momentos.
Fé do discípulo
Nesta carta, Nichiren Daishonin ensina seu discípulo a importância de manter a fé e fortalecê-la em todos os momentos, seja em situações de alegria ou de dificuldades.
No exemplo desta carta, a dificuldade do sacerdote leigo Takahashi refere-se à doença, mas em nosso dia a dia pode ocorrer de surgirem outras dificuldades. Quando isso ocorre pode parecer difícil não desanimar, porém, nesses momentos devemos ouvir os conselhos de nossos pais e responsáveis e continuar nos dedicando às atividades diárias.
Para manifestarmos essa convicção nos momentos de dificuldade, assim como Daishonin incentiva o sacerdote leigo Takahashi, devemos fortalecer nossa fé com base na recitação de daimoku e gongyo e na participação nas atividades. A respeito da importância da convicção, o presidente Ikeda afirma:
“Fé é outra palavra para convicção. Uma pessoa com convicção continua a avançar e está sempre repleta de esperança. Uma pessoa com convicção é vitoriosa" .
Acreditar em nosso potencial
Fortalecer nossa convicção não é tarefa fácil, por esse motivo devemos sempre estar em contato com os incentivos do nosso mestre. Na explanação desta carta, o presidente Ikeda diz que tudo depende da fé do discípulo; ou seja, “tudo começa comigo”. Sobre esse ponto, em um diálogo com estudantes, o presidente Ikeda explica o valor que cada um de nós possui na vida:
“O fato de termos nascido neste mundo significa que cada um de nós tem uma missão a cumprir, pois, se não a tivéssemos, jamais teríamos nascido. O universo não realiza nada em vão. Tudo possui uma razão de ser. Até as plantas que consideramos como ‘ervas daninhas’ possuem um papel e uma função a cumprir. Cada ser vivente possui sua identidade, seu papel e seu propósito único — a cerejeira como cerejeira, a ameixeira como ameixeira, o pessegueiro como pessegueiro e o damasqueiro como damasqueiro” (Juventude —Sonhos e Esperanças, v. 2, p. 26).
Nesse trecho, sensei nos incentiva sobre o valor único de cada pessoa e que não há necessidade de nos compararmos com os outros, mas de buscar o máximo de nosso potencial dentro de nossas características.
Com base no que aprendemos com esta carta, vamos, da mesma forma que o sacerdote leigo Takahashi, manifestar grande convicção e fé para superarmos todos os desafios do dia a dia.

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